2014-01-25 19:14:07

Jesus é o caminho, a causa e o motor da unidade - o Papa nas Vésperas celebradas na Basílica de São Paulo Fora de Muros


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Na tarde deste sábado o Papa Francisco presidiu às vésperas na Basílica de S. Paulo Fora de Muros, por ocasião da Festa da Conversão de S. Paulo e no encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
Antes de iniciar a celebração o Papa Francisco desceu ao túmulo do Apóstolo Paulo para rezar com o arcebispo metropolita ortodoxo e representante do Patriarcado ecuménico de Constantinopla, Gennadios Zervos, e o representante do arcebispo de Cantuária e chefe da Comunhão Anglicana em Roma, o Pastor David Moxon. O cardeal Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Kurt Koch, não participou na celebração por razões de saúde tendo sido lida a sua saudação pelo secretário do dicastério, D. Brian O'Farrell.
Na presença de representantes ortodoxos, anglicanos e de outras comunidades cristãs, na sua homilia o Papa comentou o tema escolhido para a edição deste ano da Semana: «Estará Cristo dividido?» (1 Cor 1, 13).
Com grande tristeza - comentou o Santo Padre - o Apóstolo Paulo soube que os cristãos de Corinto estavam divididos em várias fações. Até mesmo quem apelava a Cristo o fazia para se distanciar dos irmãos. As divisões na Igreja – prosseguiu o Papa – não podem ser consideradas como um fenómeno natural ou inevitável. “As nossas divisões ferem o corpo de Cristo, ferem o testemunho que somos chamados a prestar-Lhe no mundo”, acrescentou o Papa Francisco que considerou ser Jesus Cristo “o motor da nossa unidade”:
“Se não caminharmos juntos, se não rezamos uns pelos outros, e não trabalharmos juntos, a unidade não virá. O Senhor espera por todos, acompanha-nos a todo neste caminho da unidade.”
“Nesta tarde, encontrando-nos aqui reunidos em oração, sentimos que Cristo – que não pode ser dividido – quer atrair-nos a Si, aos sentimentos do Seu coração, ao Seu abandono total e íntimo nas mãos do Pai, ao Seu esvaziar-se radicalmente por amor da humanidade. Só Ele pode ser o princípio, a causa, o motor da nossa unidade. Quando nos encontramos na sua presença, tornamo-nos ainda mais conscientes que não podemos considerar as divisões na Igreja como um fenómeno natural, inevitável para cada forma de vida associativa. As nossas divisões ferem o Seu corpo, ferem o testemunho que somos chamados a dar no mundo.”

O Papa Francisco citou ainda os seus predecessores, os Beatos João XXIII e João Paulo II e Paulo VI:
“… a obra desses pontífices fez com que a dimensão do diálogo ecuménico se tornasse um aspeto “essencial do ministério do Bispo de Roma e hoje não se compreenderia plenamente o serviço petrino sem incluir nele esta abertura ao diálogo com todos os crentes em Cristo.”
No final da celebração o Papa Francisco exortou todos os cristãos a conservarem-se “profundamente unidos a Nosso Senhor Jesus Cristo e a superarem os conflitos, as divisões e os egoísmos e a viverem unidos uns aos outros por uma única força, a do amor, que o Espírito Santo derrama nos nossos corações”. (RS) RealAudioMP3







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