2014-01-24 15:43:53

Apresentado ao Episcopado indiano, relatório sobre perseguições a cristãos no país. Foram mais de 4 mil casos em 2013


Nova Déli (RV) – São mais de 4 mil os casos de violência contra os cristãos registrados em 2013, sobretudo perpetrados por parte de extremistas hindús que operam no país. Os episódios incluem o homicídio de 7 fiéis, entre os quais um menor; abusos e espancamento de mil mulheres, 500 crianças e cerca de 400 sacerdotes de diversas confissões; ataques a mais de 100 igrejas e locais de culto cristão.

Os dados fazem parte do “Relatório sobre perseguições 2013”, elaborado por um fórum de entidades e organizações cristãs da sociedade civil indiana, e enviado à Agência Fides. O Relatório foi apresentado nos dias passados ao Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim e Presidente da Conferência Episcopal da Índia.

Dos 4 mil casos documentados em modo detalhado no texto enviado à Agência Fides, mais de 200 são casos graves de perseguição, ocorridos sobretudo em alguns Estados, como Karnataka – onde não obstante a troca de governo, a perseguição aos cristãos é muito difundida – e Maharashtra, que “parece ser o próximo laboratório do extremismo hindú”, observa o texto. Outros Estados que ocupam os primeiros lugares na lista são Andra Pradesh, Chhattisgarh, Gujarat, Orissa, Madhya Pradesh, Tamil Nadu, Kerala.

O Relatório examina também as falhas no sistema jurídico indiano, que permitem a difusão da violência e a impunidade dos culpados, ou seja, as leis “sob acusação”, sob Ordem Presidencial de 1950, que negam aos ‘dalit’ cristãos e a outras minorias, os direitos reconhecidos aos ‘dalit’ hindus e as leis anti-conversão em vigor em sete Estados indianos como Orissa, Arunachal Pradesh, Madhya Pradesh, Rajasthan, Gujarat, Chhattisgarh, Himachal Pradesh.

O Relatório revela que uma lei global para acabar com as violências, apresentado no ano passado, permanece parado no Parlamento, que ainda não o examinou ou discutiu. Na maior parte dos casos examinados, “a polícia se recusa a registrar as denúncias” e a mídia indiana se omite em noticiar casos envolvendo perseguições a cristãos ou os minimizam”, conclui o texto. (JE)













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