2014-01-14 14:51:11

"Sinto-me vergada" pela responsabilidade que incumbe aos leigos na Igreja ... Suzana Nicolau Inglês, membro da ACGD angolana (2ª parte)


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Solicitada pela nossa Emissora a fazer uma análise do ano findo e das esperanças para 2014, Susana Nicolau Inglês, Advogada e membro da ACGD, Associação Cristã de Gestores e Dirigentes angolanos, declarou ter-se sentido fortemente tocada, em 2013, pela eleição do cardeal Mário Bergoglio a chefe da Igreja Católica; esse homem que ela define como “um campo magnético que atrai a si as pessoas” e, por conseguinte, à Igreja.

Suzana Inglês sentiu-se também tocada pela morte de Nelson Mandela, por ela considerado “Um Cristo Negro”, vendo quase que como um milagre, nas cerimónias fúnebres do grande líder sul-africano, o aperto de mão entre os Presidentes de Cuba, Raúl Castro, e dos Estados Unidos, Barak Obama.

Mas - sublinhou Suzana Inglês na primeira parte da entrevista - há que esperar que os corações se convertam, que o exemplo de Mandela permaneça vivo e ajude a ultrapassar as demasiadas guerras e conflitos que ainda ensanguentam o mundo, a África de modo particular.

É, todavia, encorajador, segundo a análise de Suzana Nicolau Inglês, o facto de, não obstante tudo, existir muita solidariedade no mundo e de haver nas pessoas uma certa sede de valores. É o que ela tem constatado em Angola através das actividades ACGD, de que é primeira vice-presidente, ao ponto de estarem a estudar como dar uma resposta adequada a esta demanda de orientação com vista numa sociedade melhor.

A segunda parte da conversa com ela que agora se segue, parte precisamente desta constatação e põe em evidência o papel cada vez maior que a Igreja em Angola atribui ao laicado, mas também uma significativa atenção em relação à mulher na Igreja (onde ela vê com alegria a presença de acólitas), uma atenção estimulada pelo Papa Francisco, cuja abertura de forma geral, mas também no que toca, por exemplo, às mães solteiras, tem caído muito bem em Angola, onde, nalgumas paróquias já se vinha verificando esta abertura, mas tudo era dito "à boca pequena". Hoje já o dizem destemidamente.

E ao solicitar as mulheres a porem em acto a sua força positiva, esta advogada angolana não deixa de lado os problemas do seu país que, a seu ver, para serem resolvidos, devem antes de mais ser chamados pelo próprio nome. Felizmente, remata, isto já está a acontecer, embora lentamente.

Oiça directamente as palavras desta jurista, que toma a sério o apelo da Igreja aos leigos a se empenharem na construção duma sociedade melhor... RealAudioMP3

Foto 1 - A Drª Suzana Nicolau Inglês, no centro da foto, numa peregrinação a Roma no Ano
da Fé que se concluiu em Novembro de 2013.

Foto 2 - A entrevistada num outro momento da vida em Angola







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