2014-01-13 15:31:29

Repúdio e sugestões: Pastoral Carcerária analisa crise no Maranhão


São Luís (RV) - A Pastoral Carcerária do Brasil e Associação para a Prevenção da Tortura (APT), com sede em Genebra (Suíça), emitiram uma nota para manifestar seu repúdio às gravíssimas violações de direitos humanos ocorridas no sistema carcerário maranhense.

As associações manifestam ainda a sua grande preocupação pela ausência de medidas concretas por parte das autoridades estaduais das três esferas de Poder, inclusive do Ministério Público, e do governo federal, para evitá-las.

“Tanto a violência no interior do sistema penitenciário como nas ruas encontram suas raízes em fatores muito mais amplos e complexos, que vão além do sistema prisional, pautados num sistema político-social que alimenta a desigualdade social e econômica extrema, a corrupção endêmica, e a debilidade das instituições democráticas, o que, consequentemente, contribui para perpetuar uma situação de pobreza e vulnerabilização de grande parte de sua população. O Maranhão é hoje o Estado brasileiro com o segundo pior índice de desenvolvimento humano no país” – lê-se na nota.

A APT e a Pastoral Carcerária instam as autoridades estaduais e federais que pautem sua gestão prisional pelo princípio da prevalência absoluta da dignidade humana e que tomem ações efetivas que proporcionem mudanças sistêmicas na gestão prisional e no sistema de justiça criminal, convocando a participação ativa da sociedade civil nacional e local na discussão e no processo de tomada de decisão.

Neste domingo, todas as missas celebradas em São Luís tiveram atos em lembranças a Ana Clara, a menina de seis anos que morreu em decorrência de queimaduras em ataque a ônibus ordenado por presos, no último dia 3. Além de rezar pela garota e familiares, a Arquidiocese de São Luís também pediu que a população usasse lenços brancos em um pedido de paz na cidade.

(BF/Pastoral Carcerária)







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