2014-01-09 17:44:09

Panamá celebra dia da Soberania Nacional, com convite a não se esquecer seus mártires


Cidade do Panamá (RV) – O governo panamenho e diversos setores do país deram início nesta quinta-feira (9) – dia da Soberania Nacional - a uma ampla campanha para recordar seus ‘mártires’, isto é, os 21 panamenhos mortos nos enfrentamentos com tropas estadunidenses, há 50 anos, na luta pela recuperação do Canal do Panamá

O Arcebispo da Cidade do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, disse que “hoje é um grande dia para todos os panamenhos e que não se deve esquecer a soberania que hoje desfrutamos, a qual teve como raízes muitas gerações, porém muito especialmente a dos anos 60, quando foram capazes de imolar sua vida para que pudéssemos desfrutar hoje o que estamos vivendo como povo soberano”.

Dom Ulloa afirmou acreditar que “é um dia de reflexão para que cada um dos panamenhos possa se perguntar: “eu, o que trago ao meu Panamá? Até onde estou disposto a sacrificar-me para ver um Panamá sempre livre, autenticamente democrático, dando a todos os panamenhos condições?”.

Há 50 anos, cidadãos e estudantes do Instituto Nacional seguiram até a antiga escola estadunidense de Balboa para içar a bandeira panamenha, sendo repelidos por civis e tropas dos Estados Unidos, que rasgaram o emblema nacional.

O incidente provocou violentos enfrentamentos, levando o Panamá a romper relações diplomáticas com os Estados Unidos, que na ocasião ocupava o Canal e zonas adjacentes.

Historiadores concordam que estes acontecimentos fixaram as bases para as negociações que levaram os Estados Unidos – que construiu e operou o Canal do Panamá desde 1914 - a transferi-lo ao país centro-americano em 31 de dezembro de 1999.

Os atos comemorativos foram programados para todo o dia, em todo o país, incluindo atividades da Autoridade do Canal do Panamá – entidade autônoma que administra a via interoceânica. (JE)








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