Cidade do Vaticano (RV) – Milhares de fiéis ortodoxos na Rússia, na Grécia,
Ucrânia, Monte Athos, Jerusalém e em tantos outros países do mundo celebram neste
7 de janeiro, a Festa do Natal. Na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, o Patriarca
Kirill presidiu a celebração natalina à meia-noite.
O Natal é festejado pelas
Igrejas Ortodoxas e Orientais no dia 7 de janeiro, em função de seguirem o calendário
Juliano ao invés do Gregoriano, como o fazem as Igrejas no ocidente.
Após a
oração mariana do Angelus na Praça São Pedro, nesta segunda-feira (6), o Papa
Francisco felicitou “aos irmãos e irmãs das Igrejas Orientais” por ocasião do Natal,
retribuindo assim a mensagem do Patriarca Kirill enviada em 25 de dezembro aos líderes
das Igrejas não-Ortodoxas. “Que a paz que Deus deu à humanidade com o nascimento de
Jesus, Verbo encarnado, reforce em todos a fé, a esperança e a caridade, e dê conforto
às comunidades cristãs que sofrem provações”, disse o Pontífice na mensagem.
Na
mensagem de Natal dirigida aos fiéis Ortodoxos, o Patriarca de Moscou e de todas as
Rússias, Kirill, recordou as vítimas dos atentados perpetrados nos dias passados em
Volgograd, sul do Cáucaso: “Peçamos ao Senhor a saúde para os feridos, o sustento
aos necessitados, o repouso para as almas dos mortos. Que os muros que separam as
pessoas caiam neste maravilhoso dia de Natal. Que sejam todos destruídos pelo amor
de Cristo e pela força do vosso amor ativo para com o próximo”.
O Natal dos
Ortodoxos do Patriarcado Ecumênico, por sua vez, foi celebrado em 25 de dezembro,
mas as fortes palavras da mensagem do Patriarca Bartolomeu I continuam a ressoar:
“Transcorreram 2013 anos do nascimento segundo a carne de Cristo; 2013 anos, e Cristo,
como então, não cessa de ser perseguido no vulto dos mais fracos, por Herodes e por
toda espécie de Herodes atuais; 2013 anos, e Jesus é mandado embora na face dos cristãos
na Síria, e não somente; 2013 anos e Cristo foge, como refugiado junto a eles, não
no Egito, mas no Líbano, na Europa, na América e em todos os outros lugares pela segurança,
na insegurança do mundo; 2013 anos e o Menino Jesus está ainda prisioneiro com os
dois Bispos da Síria, Paulo e João, com as monjas ortodoxas e ainda muitos cristãos
conhecidos e desconhecidos”. E concluiu: “O Senhor nos disse: ‘Cada vez que haveis
feito estas coisas a um só destes meus irmãos menores, haveis feito a mim (MT 25,40-41).
Ele veio e continua a vir durante o Natal deste ano, para assumir a dor, as aflições
e os sofrimentos dos homens”. (JE)