A saudação do Papa Francisco às Igrejas Orientais, que celebram o Natal no dia 7 de
janeiro
Cidade do Vaticano (RV) – Uma saudação e um encorajamento às Igrejas Orientais
para que o Deus encarnado as sustente e conforte “na provação”. Estas foram as palavras
do Papa Francisco dirigidas às comunidades eclesiais do Oriente que seguem o calendário
Juliano e que se preparam para festejar amanhã (7), o Natal do Senhor. Sobre a festividade
– que em particular neste ano na Rússia será comemorada em tom de respeito devido
aos violentos atentados perpetrados nos dias passados em Volgograd, sul do Cáucaso
– a Rádio Vaticano entrevistou o docente do Pontifício Instituto Oriental de História
e Cultura russa, Padre Stefano Caprio:
R:“A festividade é uma festividade
cristã, ou seja, as simbologias são aquelas comuns a todas as Igreja cristãs: o jejum
antes do Natal, que corresponde à tradição latina do Advento – um pouco mais forte
como experiência de abstinência e jejum – e a noite de Natal que será festejada entre
o dia 6 e 7 de janeiro, porque corresponde ao 25 de dezembro do calendário gregoriano.
E sendo um pouco depois do Ano Novo – isto é devido ao fato que a nível civil a Igreja
russa e também de outras nações, onde os ortodoxos celebram no dia 7 de janeiro, mantém
para as festividades civis o calendário gregoriano – a do Natal é assim uma festa
que segue os grandes festejos do Ano Novo. Existe este contraste entre o jejum eclesiástico
e a riqueza da festividade do Ano Novo com as ceias, as vigílias e tudo mais”.
RV:
“Quais são as novidades deste ano na Rússia, especificamente em Moscou, para esta
festa?
R:“A Igreja Ortodoxa está esperando o Santo Natal e a
chegada da luz de Belém como é tradição: o fogo de Belém é aceso na Igreja da Natividade;
os russos, sobretudo, são muito ligados a esta tradição. A nível civil existe uma
grande ebulição para a manifestação das Olimpíadas de Sochi – e que deram a este inverno
russo um tom de grande desenvolvimento. Por outro lado, existe um ambiente bastante
triste em função dos últimos atentados terroristas que criou um clima de grande participação
emotiva”. (JE)