2014-01-04 11:24:36

Botswana, país menos corrupto da África. Segue-se-lhe Cabo Verde


Segundo Transparency International, citado pela agencia AllAfrica, o Botswana foi, em 2013, o país menos corrupto da África, como aliás já tinha sido no ano anterior. A nível mundial está no 30º lugar.

Esta boa posição do Botswana fica-se a dever, segundo um comunicado do Governo citado pela agencia AllAfrica “à politica de tolerância zero posta em acto por diversas instituições de controlo, tais como a Direcção Anti-corrupção e Criminalidade Económica, o Conselho dos Mercados e Alienação dos Bens Públicos, a Autoridade da Concorrência e a Agencia de Informação Financeira.

Depois do Botswana vem logo a seguir na classificação do Transparecy International, Cabo Verde, as ilhas Seychelles, Ruanda, ilhas Maurícias, Lesotho, Namíbia, Gana, São Tomé e Príncipe, Senegal, Swazilândia, Burkina Faso, Libéria e Zâmbia.

Embora Cabo Verde esteja no segundo lugar no que toca à África, o Movimento de cidadania “Acção Transparência e Integridade”, criado há um ano atrás, não está contente e continua a sua acção, tendo-se reunido em finais de 2013 com o responsável de Transparency International para a África, com vista no estabelecimento de parcerias com organizações afins.

Este Movimento cabo-verdiano denuncia a morosidade da justiça em Cabo Verde e o silêncio dos órgãos de soberania – Presidência da República, Assembleia Nacional e Governo – em relação a cerca de oitenta casos de omissões por parte de titulares de cargos públicos e políticos, que demandam a responsabilização dos mesmos. Por isso, promete continuar a denunciar estas situações junto de organizações parceiras, até porque com essa morosidade, os numerosos processos pendentes devido, no caso específico, à corrupção, podem cair em prêscrição.

Segundo o jornal cabo-verdiano “A Semana on line”, que cita o Movimento, os órgãos de soberania nacional ignoram as petições reclamações e queixas-crime, não reagindo ou reagindo com anos ou décadas de atraso.

Ainda no âmbito da luta anti-corrupção em África, de salientar que a Presidente do Malawi, Joyce Banda, disse ontem ter assumido o risco político de lançar o combate à corrupção cinco meses antes das eleições presidenciais previstas para 20 de Maio deste ano, porque considera isto prioritário em relação à sua vitória nas eleições.

O país foi sacudido - segundo a Agencia Angolana de Informações, ANGOP - por um grave caso de corrupção nos últimos meses, o que levou os doadores internacionais a suspender as ajudas num valor de 150 milhões de dólares até que esse assunto seja resolvido.

Joyce Banda exonerou em Outubro de 2013 alguns altos responsáveis da sua equipa, entre os quais o Ministro das Finanças, Ken Lipenga e o ministro da Justiça, Ralph Kasambara. É que, segundo o Burreau anti-corrupção, três milhões de dólares tinham sido depositados numa sociedade fantasma.

Joyce Banda disse que ela foi ameaçada de morte e foi fortemente incitada a travar o inquérito no qual estão implicados numerosos funcionários e empresas, acusados de terem metodicamente limpo as caixas do Estado. Segundo o Procurador, um terço dos rendimentos do país, já muito pobre, é também roubado.

Os processos vão iniciar antes do final do mês de Janeiro, disse nesta sexta-feira a Presidente - informa ainda a ANGOP.

Um grupo católico da defesa dos direitos humanos acusou em Dezembro de 2013 Joyce Banda de fazer "parte integrante" do sistema de corrupção, o que foi formalmente desmentido pelo Ministro da Informação, Brown Mpinganjira, qualificando essas alegações de incorrectas e não verdadeiras".

Joyce Banda, que chegou ao poder em Abril de 2012, na sequência da morte repentina do presidente Bingu wa Mutharika (do qual era vice-presidente, antes de passar à oposição), deverá enfrentar o seu primeiro teste eleitoral a 20 de Maio próximo.

Foto 1: Miss Botwana 2013. O País pode ser considerado Miss Anticorrupção Africa
Foto 2 : Joyce Banda, discursando no funeral de Nelson Mandela







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