2014 - necessário resolver problemas do país: arcebispo de Kampala
“Uma bomba a relógio”: é com esta metáfora que D. Cyprian Kizito Lwanga, arcebispo
de Kampala, no Uganda, descrevia a situação social do país em véspera do Ano Novo.
Numa entrevista concedida ao jornal nacional “The Observer”, o prelado sublinha
os graves problemas que afligem o país, tais como a falta de uma governação eficaz,
o alastrar-se da prostituição, a crise das autoridades políticas. Daí o apelo a encontrar,
quanto antes, soluções, pois que “muitos destes problemas dão lugar a violências e
homicídios e acabam por aumentar a insegurança local”.
O arcebispo de Kampala
olha depois para temas éticos, como a difusão de “comportamentos sexuais imorais e
irresponsáveis” ligados à prostituição, à prática do aborto e ao pedido, apresentado
por alguns grupos de activistas, de distribuir preservativos nas escolas. Mas, “se
isto acontecesse – explica Dom Cyprian Lwanga, estar-se-ia a pôr em jogo o futuro
dos jovens” que estariam, deste modo, cada vez mais expostos ao “risco de desenvolver
comportamentos imorais”.
No que diz respeito à corrupção, o arcebispo de Kampala
exorta a procurar “meios para a combater concretamente”, por forma a pôr termo a “este
hábito que corrói a sociedade, as instituições, o Governo”. Para isso, D. Lwanga exprime
o desejo de que, no plano político haja uma redução de número de parlamentares, pois
que “trezentos deputados é realmente demasiado para um país como o Uganda”.
Por
fim, o prelado convida as instituições a darem mais atenção ao problema dos professores,
protagonistas, em 2013, de uma longa greve para reclamar ordenados adequados. “Devemos
recordar – concluiu D. Kizito Lwanga – que os professores têm contribuído muito para
o desenvolvimento nacional e se hoje somos o que somos, devemo-lo aos seus ensinamentos”.