Banco Mundial não quer interrupções nas escolas públicas da Guiné-Bissau (Indira Baldé)
O Banco Mundial pretende que o resto do ano letivo 2013/2014 nas escolas públicas
da Guiné-Bissau decorra sem sobressaltos. Por isso assumiu o compromisso de pagar
salários aos professores do ensino público de Janeiro a Junho de 2014,para evitar
futuras greves.
Nesse quadro foi assinado em Bissau um "Pacto Social para
a Estabilidade Social no Setor da Educação".O documento foi assinado pelo Governo
de Transição,Sindicatos dos Professores,Unicef e endossado pelo Presidente de Transição
Serifo Nhamadjo. O executivo compromete-se em "criar um clima de paz no setor educativo,garantir
o funcionamento regular e ininterrupto das aulas para que o processo de ensino-aprendizagem
decorra de maneira contínua e consistente".
Segundo o documento enquanto
o Banco Mundial vai pagar os salários correntes de Janeiro à Junho de 2014, o governo
vai assegurar a liquidação dos atrasados salariais dos professores guineenses. O executivo
tem ainda a "responsabilidade de garantir a transparência na gestão de fundos do Banco
Mundial, na gestão da carreia docente ,no controlo do recrutamento do corpo docente.
O
ensino guineense enfrenta graves problemas:O país tem apenas quinhentas das novecentas
horas letivas anuais assumidas internacionalmente como padrão. O objetivo do desenvolvimento
do milénio referenente a escolarização primária universal de qualidade,em 2015 está
fora do alcance da Guiné-Bissau,com a taxa líquida de escolarização do ensino primário
somente a 67% em 2010. Em cada 100 crianças guineense que entram mo primeiro ano do
ensino básico,apenas 38 chegam ao fim do sexto ano.
O Fundo das Nações
Unidas para a Infância adianta que a taxa de escolarização no ensino secundário situada
nos 40%, ainda está muito aquémda média dos países da África Subsaariana estimada
em 70%. A oferta de uma educação de qualidade para as crianças é insuficiente, em
termos de horas letivas, de infra-estruturas escolares e de qualidadedo ensino. A
organização adianta que o financimento público para o setor da educação contunua fraco,
com uma média de apenas 11% do Orçamento Geral do Estado e que mais de metade (56%)
dos guineenses e quase dois-terços de mulheres(64%) são analfabetos.