2013-12-20 10:53:50

Nicarágua: bispo defende dignidade dos detentos


Juigalpa (RV) - Diante da superlotação, das más condições nas prisões do país e os casos de abusos nos cárceres de Juigalpa, o Bispo de Juigalpa, Nicarágua, (região de San Juan e Rio Chontales), Dom René Sócrates Sandigo Jirón, sugeriu ao Ministro do Governo, Ana Isabel Morales, de promover um diálogo nacional para enfrentar a questão, com a finalidade de unir os esforços na busca de soluções adequadas.

Em comunicado enviado à agência Fides por uma fonte local, lê-se: “As prisões são uma bomba-relógio, e, apesar disso, a Igreja Católica, ao longo dos anos sempre deu o seu apoio para resolver as exigências dos prisioneiros”. Dom Sandigo Jirón acrescenta: “antes havia uma maior disponibilidade dos fiéis para este tipo de empenho e ajuda. Hoje o canal de acesso tem muitos obstáculos, e isso fez com que muitos voluntários perdessem o entusiasmo, ficassem desapontados e portanto, diminuem as ajudas”.

O bispo insiste na necessidade de “abrir-se ao diálogo em busca de uma solução. Hoje devemos agradecer as informações que vem de dentro, porque há um jornalismo investigativo que destaca essas situações”. Por fim, lembra que a Igreja tem uma grande preocupação pastoral para com toda a população, mas a pastoral nos cárceres é uma das mais importantes.

Na Nicarágua a Igreja Católica, com seus agentes de pastoral, está sempre presente nas prisões, não só para a assistência aos presos, mas também na defesa dos seus direitos. A partir das notícias recolhidas pela agência Fides, a situação nas prisões é muito difícil: nas celas construídas para 5 ou 7 pessoas vivem 40. Os prisioneiros têm até mesmo que dormir em turnos, porque não há nenhum lugar, exceto no pé (em Rivas ). Há lugares como Juigalpa, Granada, Chinandega, Jinotega e Tipitapa onde a população carcerária está muito acima da média. Parece que somente na capital a situação está sob controle. (SP)








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