Cidade do Vaticano (RV) - Em Belém, os preparativos para o Natal já começaram
há vários dias, mais cedo do que em outros anos. Isso para dar mais esperança para
a comunidade palestina, cristãos e também muçulmanos, que vive sufocada pelo muro
erguido pelos isralenses por razões de segurança, um fechamento que recai principalmente
sobre os jovens. Quem cuida dos jovens de Belém, há muito anos sãos salesianos que
com a escola técnica, o centro profissional artístico e o oratório apóiam a juventude
palestina, independentemente de sua religião. A Rádio Vaticano conversou com Padre
Mario Murru, natural da Sardenha, Itália, na Terra Santa desde 1990 e hoje diretor
da comunidade salesiana de Belém:
R. - Este ano, as luzes que foram preparadas
para algumas das principais ruas de Belém, mais as luzes da árvore de Natal na praça
da Natividade, foram acesas muito antes dos outros anos. Quiseram dessa maneira fazer
com que o povo entendesse que o Natal está aumentando a força para dar mais paz, para
dar mais esperança, para dar mais alegria, porque as pessoas precisam disso e não
devem continuar a viver sempre na incerteza ou no ódio. Também as autoridades, portanto,
desta forma, procuraram ajudar as pessoas a participar quanto possível das festividades
do Natal. As autoridades pensam um pouco em todos: cristãos e muçulmanos, que estão
presentes nesta cidade. É um fato que o Natal é aguardado por todos, especialmente
pelos cristãos , e esperado porque porque se aguarda aquele que é o verdadeiro presente:
o dom da paz , da alegria, da fraternidade que todos realmente precisam. Eles precisam
sentir-se apoiados por todos os peregrinos cristãos que chegam a Belém, e são muitos
os que estão chegando nestes dias. Eu acho que foi uma boa ideia ter começado a acender
essas luzes e esta árvore de Natal muito antes, precisamente porque sobretudo os habitantes
de Belém possam ser preenchidos por uma maior paz, que o povo desta cidade, especialmente,
está esperando e que deseja viver plenamente. (SP)