2013-12-17 18:40:53

Mensagem do Papa aos Mercedários pelos 800 anos da morte do fundador, S. João da Mata


Na Igreja todos devem aprender que o serviço do Evangelho deve ser “despido” de toda a gloria ou interesses pessoais.

Um dos pilares do magistério do Papa Francisco aparece também entre as linhas da sua longa Mensagem enviada à Ordem da Santíssima Trindade, que festeja os 800 anos da morte do fundador, S. Juan de Mata, e os 400 do reformador, S. Giovanni Batista della Concezione. ambos protagonistas de uma vida religiosa “respeitável, mesmo se, talvez, um pouco tranquila e segura” receberam de Deus – escreve o Papa – uma chamada que “revolveu” a sua existência, impelindo-os a “doar-se a favor dos mais necessitados”.

Para o Papa Francisco, este é o exemplo a imitar: os dois Santos, observa, “souberam aceitar o desafio” e portanto “se hoje nós celebramos o nascimento do vosso fundador e do reformador, fazemo-lo precisamente porque estiveram à altura de renegar-se a si mesmos, de levar com simplicidade e doçura a cruz de Cristo e de estar totalmente, sem condições, nas mãos de Deus, para que Ele construísse a sua obra”.

E, como eles - continua o Papa Francisco - “todos são chamados a experimentar a alegria que brota do encontro com Jesus, para superar o nosso egoísmo, sair da nossa comodidade e aviar-se com coragem em direcção a todas as regiões que têm necessidade da luz do Evangelho”.

O Papa recorda como através dos séculos, a da Santíssima Trindade tenha sido “casa do pobre, um lugar onde curar as feridas do corpo e da alma”, antes de mai

Com efeito - afirma o Papa Francisco - “ os Trinitários têm isso presente - e todos devemos aprender - que na Igreja, cada responsabilidade ou autoridade deve ser vivida como serviço.

Daí que a nossa acção deve ser despida de todo o desejo de lucro pessoal ou de promoção e deve sempre procurar partilhar todos os talentos recebidos de Deus, para destina-los como bons administradores, ao objectivo para o qual foram concebidos, isto é, a ajuda aos pobres”. Pobres, insiste, que existem também hoje e “são muitos. Vemo-los todos os dias e não podemos passar ao largo, contentando-nos com uma boa palavrinha. Cristo não fez isso”.

A mensagem do Papa conclui-se com um pedido: o de “rezar pelo Papa. “Agrada-me pensar que vós, na oração colocais o Bispo de Roma juntamente com os pobres, porque isso recorda-me que não posso esquecer-me deles, como também Jesus não se esqueceu deles, que os trazia no profundo do seu coração, enviado para levar-lhes a Boa Nova e que através da sua pobreza, enriqueceu todos nós”.







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