2013-12-17 14:30:20

Fracasso nas negociações entre o governo e sindicatos guineenses


O governo quer o levantamento da greve em curso na Função Pública guineense, mas as propostas apresentadas segunda-feira nas negociações com os sindicatos não são suficientes para tal, avançou aos Jornalistas Filomeno Cabral da Condeferação dos Sindicatos Independentes - CGSI-GB9
Dos três meses de salários em atraso, os sindicatos pediram na reunião de segunda-feira, o pagamento de pelo menos dois meses antes da festa do Natal. E o executivo de transição diz estar disponível para pagar só um mês.
O setor dos transportes é membro da Centra Sindical. Associou-se à greve por "estar cansado de pagamento ilícitos nas diferentes brigadas de Polícia de Trânsito, espalhadas por todo o país", diz Filomeno Cabral.
Para isso, pediram ao Governo a criação de um guichet único para o pagamento das multas e a redução drástica do número de Polícias de Trânsito nas ruas e avenidas do País.
Segundo Filomeno Cabral "é demais ver ao longo da avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria (que vai do Mercado de Bandim ao Aeroporto) mais de 5 brigadas de polícias que param sistemáticamente os condutores e cobram valores como quinhentos ou mil francos CFA, ou seja mais do que um euro.
A proposta foi retida pelo executivo de transição que já se comprometeu em criar um despacho para efetivar o seu compromisso em cumprir a demanda dos sindicatos dos trabalhadores da Guiné-Bissau.
As negociações continuam esta terça-feira para ver como resolver o problema do pagamento dos salários que segundo Filomeno Cabral se não forem pagos os dois meses vão emitir um novo pré-aviso da greve.
Com o governo os sindicatos têm ainda para discutir o problema de empresas públicas que descontam aos funcionários a Segurança Social mas que não canalisam dinheiro para a instituição.
De acordo com o sindicalista Filomeno Cabral são várias as empresas públicas como a "Administração dos Portos de Bissau, APGB, a empresa de Telecomunicações, Guiné-Telecom, a de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau, EAGB e outras que descontam para os trabalhadores e entregam o dinheiro à Segurança Social.
Portanto este assunto vai continuar em negociação mesmo depois do levantamento da greve. Indira Correia Baldé, em Bissau

Foto: Filomeno Cabral, Secretario Geral CGSI-GB9







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