2013-12-14 12:45:56

Dom Parolin ao Corpo Diplomático: Igreja está empenhada a construir um futuro de paz e fraternidade


Cidade do Vaticano (RV) - "Devemos demonstrar que a paz é possível, não é uma utopia." Foi o que afirmou o novo Secretário de Estado, Dom Pietro Parolin, no encontro desta sexta-feira, no Vaticano, com o Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé.

Dom Parolin ressaltou que a Igreja, como pede o Papa Francisco, está empenhada a construir junto a todos uma humanidade que seja uma verdadeira família em que o diálogo vence a guerra e os contrastes.

A audiência foi também ocasião para Dom Parolin agradecer aos embaixadores pelas felicitações que lhe foram dirigidas por ocasião de sua nomeação a Secretário de Estado. A saudação foi-lhe dirigida pelo decano do Corpo Diplomático, o embaixador do Principado de Mônaco, Jean-Claude Michel.

Num período em que muitas áreas do mundo se encontram feridas pela guerra e pela pobreza, asseguro a "minha disponibilidade a colaborar em prol da busca da paz e o respeito pela dignidade de todo ser humano".

Colaborar: essa foi a palavra-chave do discurso que Dom Parolin dirigiu ao Corpo diplomático. O novo Secretário de estado vaticano evocou o Papa Francisco e o tema da fraternidade, pedra angular da Mensagem do Pontífice para o Dia Mundial da Paz. E advertiu que "não se pode ficar insensíveis diante do sofrimento que atinge dramaticamente" tantos seres humanos:

"Nós – exortou – devemos demonstrar que a paz é possível", "não é uma utopia". A paz, ressaltou, é "um bem concreto que vem de Deus e que nós podemos contribuir a construir graças ao nosso compromisso pessoal e solidário". Por isso, reiterou, "é necessário trabalhar juntos em favor da construção de uma verdadeira cultura da paz, respondendo com coragem aos desafios que colocam em perigo uma autêntica coexistência entre as pessoas e os povos".

Em seguida, Dom Parolin dirigiu seu pensamento à felicidade, que, observou, é "uma das aspirações mais profundas do homem". E perguntou-se se a "missão dos diplomatas não é justamente a de trabalhar em busca de tornar o mundo mais feliz", mediante "relações sempre mais fraternas":

"Como mais vezes bem explicou o Papa Francisco – afirmou Dom Parolin –, todo ser humano" é "criado para a alegria". E essa esta se encontra também nos progressos "rumo à paz e à concórdia entre os povos". É a alegria "do encontro e da partilha, do diálogo e da reconciliação".

Eis "a humanidade que nós buscamos construir juntos", acrescentou:

"Uma humanidade – evidenciou – que seja uma verdadeira família, uma humanidade onde o diálogo ocupe o lugar da guerra na superação das controvérsias, uma humanidade onde a força dos poderosos sustente a fraqueza dos menores, uma humanidade onde a força dos fracos atenue a fraqueza dos fortes".

Sabemos como as mulheres e os homens de nosso tempo precisam encontrar em seu caminho pessoas realmente fraternas que possam dar-lhes "uma esperança pelo futuro", prosseguiu. O Papa Francisco "quer que os cristãos sejam justamente essas pessoas, assegurou.

"Ele – reafirmou – quer uma Igreja que anuncie, testemunhe e traga a alegria." Um compromisso, observou Dom Parolin, que o Pontífice "repete com insistência" na Evangelii Gaudium. O Papa Francisco, afirmou ainda, quer uma Igreja com "as portas abertas, símbolo de luz, de amizade, de alegria, de liberdade e confiança". Quer "uma Igreja menos preocupada em reforçar suas fronteiras, mas que cria o encontro e comunica a alegria do Evangelho". Ao aproximar-se do Natal, Dom Parolin fez aos embaixadores votos de "paz e alegria", a fim de que seus povos "possam progredir rumo a um futuro melhor". (RL)







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