2013-12-10 12:56:49

Mandela: a homenagem dos grandes da Terra


Joanesburgo (RV) - Cerca 80 os chefes de Estado e de Governo estiveram hoje em Joanesburgo para a homenagem a Nelson Mandela. No início do dia registram-se filas na entrada do estádio de Soweto, onde foi realizada a cerimônia com a participação de 80 mil pessoas. A partir de amanhã, o caixão será levado pelas ruas de Pretória; domingo os funerais.

A comemoração de hoje foi a mais imponente da história do país. O dia em homenagem a Nelson Mandela foi realizado em Joanesburgo, no estádio de Soweto, palco da final da Copa do Mundo de futebol em 2010. Domingo será realizado o funeral em Qunu, cidade natal de Madiba. Na celebração de hoje em Joanesburgo estiveram presentes chefes de Estado e de Governo dos 5 continentes: presente a Presidente Dilma Rousseff que embarcou ontem para a África do Sul, acompanhada dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Collor e José Sarney.

No seu discurso feito em português a Presidente Dilma Rousseff afirmou, que o ex-líder inspirou uma luta igual no Brasil e na América do Sul. “O combate de Mandela e do povo transformou-se em um paradigma não só para o continente, mas para todos os povos que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade”, disse Dilma, única sul-americana convidada para discursar no ato.

A presidente definiu Mandela “maior personalidade do século 20” e afirmou que o sul-africano “conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano na história moderna: o fim do apartheid na África do Sul”.

A Presidente Dilma lembrou ainda que o Brasil tem diversos descendentes de africanos e disse que “nós, nação brasileira, que trazemos com orgulho o sangue africano em nossas veias, choramos e celebramos o exemplo desse grande líder que faz parte do panteão da humanidade”.

"Mandela deixou lições, não só para seu querido continente africano, mas para todos aqueles que buscam a liberdade, a justiça e a paz no mundo", afirmou a presidente que encerrou seu discurso dizendo "viva Mandela para sempre".

Ainda na primeira fila Obama, com a sua esposa Michelle, o Secretário da ONU Ban Ki-Moon e uma delegação italiana.

Grande ausente, ao invés, o Dalai Lama, que no passado a África do Sul já havia negado um visto para não ter desentendimentos diplomáticos dentro dos BRICS, com o governo de Pequim.

Papa Francisco nomeou no domingo o Cardeal ganense Peter Kodwo Appiah Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e a Paz, como seu enviado especial ao funeral de Estado do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.

Ontem à tarde, no entanto, foi feita uma homenagem a Mandela pelo Parlamento sul-africano reunido em Cape Town que, em uma sessão especial, lembrou o “pai da nação” que negociou o fim do “apartheid”, evitando a guerra civil. (SP)








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