Egipto – tornado público o projeto de nova Constituição. Garantida a liberdade religiosa
A República Árabe do Egipto é “um Estado soberano uno e indivisível, uma República
democrática fundada na cidadania e num Estado de Direito”. É desta forma que é definida
a nação egípcia no projeto de nova Constituição predisposta pelos 50 membros da Assembleia
Constitucional e destinado a ser submetido a um referendo popular até janeiro de 2014.
Do texto constitucional foi colocada em circulação uma versão em forma não oficial
- consultada pela Agência Fides - que permite avaliar objetivamente os artigos sobre
o exercício da liberdade religiosa. Alguns exemplos: O artigo 2 define o Islão
como religião do Estado e os princípios da Lei Islâmica (Sharia) são reconhecidos
como a fonte principal do Direito; o artigo 3 estabelece que os cristãos e hebreus
egípcios poderão seguir as normas derivantes dos seus respetivos princípios de jurisdição
canónica e religiosa naquilo que diz respeito ao próprio estatuto pessoal e às questões
ligadas à vida e à prática religiosa, a partir da escolha dos próprios chefes espirituais;
no artigo 50, a época copta é elencada entre os elementos que entram na herança partilhada
da civilização egípcia; e ainda no artigo 74 é reconhecido aos cidadãos o direito
de formar partidos políticos, mas é proibido constituir partidos políticos fundados
na religião. Recordemos que este projeto ainda será submetido, como já referimos antes,
a um referendo nacional. Entretanto, precisamente nesta segunda-feira na missa
na Casa de Santa Marta com o Papa Francisco concelebrou o Patriarca dos Coptas Católicos
de Alexandria Ibrahim Isaac Sidrak por ocasião da manifestação pública da comunhão
eclesial com o Sucessor de Pedro. Foi um momento de grande intensidade espiritual
em que o Papa Francisco na sua homilia, pegando nas palavras do Profeta Isaías na
primeira leitura, logo lançou palavras de encorajamento aos irmãos do Egipto:
“Coragem:
Não temais! Eis as consolantes palavras que encontram confirmação na fraterna solidariedade.
Sou grato a Deus por este encontro que me dá modo de reforçar a vossa e a nossa esperança,
porque é a mesma.”
Por sua vez o Patriarca Sidrak expressou toda a sua alegria
por ter podido celebrar com o Papa e sublinhou que a Igreja no Egipto neste delicado
momento precisa do apoio paterno do sucessor de Pedro. Invocou, assim, o dom da paz:
“Possa
a luz do Santo Natal ser a estrela que revela o caminho do amor, da unidade, da reconciliação
e da paz, dons de que a minha Terra tem tanta necessidade