Johanesburgo (RV) – O ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela, falecido quinta-feira
passada aos 95 anos, conseguiu na África do Sul o que poucos conseguiram ao longo
da História: que todas as crenças abrandassem suas diferenças por um instante e rezassem
em memória de uma só pessoa.
O Dia Nacional para a Oração e a Reflexão, decretado
pelo Governo para honrar Mandela, foi um dos maiores exemplos do legado de Madiba
(nome popular do ex-Presidente): a possibilidade de uma convivência sem muros raciais
o religiosos.
Nas igrejas, mesquitas, sinagogas e centros comunitários em todo
o país, desde o rio Limpopo até o Cabo, milhões ofereceram louvores e refletiram sobre
um homem celebrado como “Pai da Nação” e como um farol global de integridade, retidão
e reconciliação.
O Dia para Orações foi o primeiro evento de um programa oficial
de luto que inclui serviço memorial em um estádio de Johanesburgo, terça-feira, 10,
e um funeral de Estado no próximo domingo, 15, na cidade onde Mandela cresceu, Qunu,
na província de Cabo Oriental. O funeral ser um dos maiores encontros de líderes mundiais
recentes da história.
O presidente dos EUA, Barack Obama, o secretário-geral
da ONU, Ban Ki-moon, e o presidente francês, François Hollande, estarão entre os líderes
presentes no país terça-feira. A presidente Dilma Rousseff deve viajar na sexta-feira,
13, para chegar à África do Sul no dia seguinte e participar do funeral. (CM)