Cidade
do Vaticano - (RV) - Celebramos neste domingo a solenidade da Imaculada Conceição
de Maria. Esse dogma, proclamado pelo Papa Pio IX, em 1854, define um pensamento que
se origina desde o início do Cristianismo, teve momentos importantes na história da
Igreja, especialmente em 1477com um documento do Papa Sisto IV e mais tarde em 1661,
com o Papa Alexandre VII.
A definição de Pio IX e quatro anos depois referendada
pela própria Virgem Maria, em Lourdes, quando se apresentou à Bernadete como a Imaculada
Conceição, nos ensina que Maria, a Mãe de Jesus e nossa, foi concebida sem a mancha,
sem a mácula, sem o pecado original, em previsão dos méritos de seu Filho.
A
carta de São Paulo, escolhida como a segunda leitura da liturgia de hoje, nos diz
que o Pai nos escolheu, em Cristo, desde o início, para que sejamos santos e irrepreensíveis
sob o seu olhar, no amor. Juntemos a esse trecho a saudação do Arcanjo Gabriel a Maria:
alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!
Maria viveu essa vocação
à santidade desde sua concepção e, em Caná, mostrou que seu querer era o querer de
Jesus, quando disse aos serventes que seguissem as orientações de seu filho. Mais
tarde, o próprio Jesus vai dizer que a grandeza de Maria estava não em ter sido sua
mãe, mas em ter ouvido a voz de Deus e ter praticado seus ensinamentos.
Ser
sem mácula é ser discípulo de Maria e não permitir que o pecado, o não a Deus tenha
lugar em nossa vida. O batismo, o banho no sangue redentor de Jesus nos proporcionou
a eliminação da mácula original e nos deu a graça para assim vivermos por todos os
dias de nossa vida. Por outro lado, se cairmos na tentação e nossa filiação de Adão
e Eva forem mais fortes que a. divina, temos o sacramento da reconciliação, do perdão.
Não nos esqueçamos que nossos primeiros pais também nasceram sem o pecado original,
mas não foram livres frente à tentação. Desobedeceram ao Senhor, fizeram sua própria
vontade e não a de Deus.