2013-12-07 09:14:04

Exemplo de Mandela a favor da não-violência e da reconciliação recordado por Papa Francisco


O Papa Francisco exprimiu as suas condolências ao presidente sul-africano, Jacob Zuma, pela morte de Nelson Mandela, antigo chefe de Estado, elogiando o legado de “não-violência” deste Prémio Nobel da Paz.
O telegrama de pêsames destaca o “firme compromisso” de Mandela na promoção da “dignidade humana de todos os cidadãos da nação” e na edificação de uma “nova África do Sul, construída nos firmes fundamentos da não-violência, reconciliação e verdade”.
“Rezo para que o exemplo do antigo presidente inspire gerações de sul-africanos a colocar a justiça e o bem comum diante das suas aspirações políticas”, acrescenta o Papa, a respeito de Nelson Mandela, que morreu esta quinta-feira, aos 95 anos.
O telegrama manifesta “tristeza” perante a notícia do falecimento e envia “condolências e oração” à família de Mandela, aos membros do Governo e ao povo da África do Sul
“Invoco sobre toda a população da África do Sul os dons divinos da paz e da prosperidade”, conclui o Papa.
Entretanto as autoridades sul-africanas anunciaram que o funeral de Estado terá lugar no domingo 15 de dezembro. Aguarda-se a participação de chefes de Estado vindos de todas as partes do mundo.
Nelson Mandela foi presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, após liderar as negociações para o fim do Apartheid, uma luta que lhe valeu mais de 27 anos na cadeia e que seria reconhecida com o Nobel da Paz, em 1993, juntamente com o antigo presidente Frederik Willem de Klerk.
Enquanto presidente, Mandela recebeu o Papa João Paulo II na África do Sul, em setembro de 1995.
“Hoje, a África pede que a estimem e amem pelo que é. Não pede compaixão, pede solidariedade. Esta mensagem, recolhi-a em todo o lado, e em particular no encontro com Nelson Mandela, o homem que guiou a superação do Apartheid, interpretando o desejo do seu povo e de toda a África de renascer na pacificação e na colaboração entre todos os seus filhos”, diria o Papa polaco, após a viagem, no ângelus de 24 de setembro desse ano.
O legado de Mandela foi recordado também por Bento XVI, Papa emérito, quando recebeu o novo embaixador da República da África do Sul junto da Santa Sé, em setembro de 2009.
“A transição rápida e pacífica da África do Sul para o governo democrático foi amplamente aclamada, e a Santa Sé tem acompanhado com interesse e encorajamento este histórico período de transformação. Ninguém pode duvidar que uma boa parte do crédito pelo progresso alcançado é devida à maturidade política e às qualidades humanas extraordinárias do ex-presidente, senhor Nelson Mandela”, disse.
Segundo Bento XVI, Mandela “foi um promotor do perdão e da reconciliação”, o que lhe mereceu “um grande respeito tanto no seu país como no seio da comunidade internacional”.
(PG, com Ecclesia)








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