2013-12-06 17:03:47

Novo Catecismo: 'Como falar de Deus?'


Cidade do Vaticano (RV) - RealAudioMP3 A fidelidade dos batizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens sua força de verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos: “O próprio testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em espírito sobrenatural possuem a força de atrair os homens para a fé e para Deus”. É que nos diz o parágrafo 2044 do Novo Catecismo.

O discípulo de Cristo, não deve apenas guardar a fé e nela viver, mas também professá-la, testemunhá-la com firmeza e difundi-la. O testemunho é a transmissão da fé em palavras e atos. O Cristão não deve se envergonhar de dar testemunho de sua fé. O testemunho é um ato de justiça que estabelece ou dá a conhecer a verdade.

Mas, como falar de Deus?

É o tema da reflexão do Monsenhor Luiz Antonio Catelan para a edição de hoje do nosso espaço 20 Anos do Novo Catecismo:

Continuando as nossas reflexões sobre o Catecismo da Igreja Católica, hoje vamos refletir a respeito de, ‘Como falar de Deus’, porque a fé busca comunicação, ninguém tem fé somente para si. Nós precisamos nos comunicar a respeito daquelas coisas, daqueles valores, daquelas experiências que dão sentido à nossa vida. E quando se trata de fé é um motivo a mais para isto, porque Nosso Senhor, quando despertou a fé no coração dos Apóstolos, deu a eles também a determinação de anunciar a todos esta mesma fé. Então, é próprio da fé a necessidade de anunciar. Daí a importância de nos perguntarmos a respeito de ‘Como falar de Deus?”.

Se se trata de falar de Deus para alguém que já tem inicialmente a fé ou algum conhecimento da Escritura, ou algum conhecimento do cristianismo, o ponto de partida é mais simples. A gente começa a partir de um ponto em comum, daquilo que já se tem em comunhão com aquela pessoa. Mas a pergunta pode ficar ainda mais grave, quando se pergunta ‘como falar de Deus para alguém que não conhece a Escritura’, alguém que se professa agnóstico ou realmente não tem a graça, a experiência da fé. Aí é que o Catecismo da Igreja Católica nos fala então, na capacidade da razão.

Já refletimos uma vez a respeito da capacidade da razão para conhecer a Deus. Portanto, falar de Deus, partindo do seu nível mais elementar, é partir daquilo que a razão mesma pode conhecer a respeito de Deus, de que Ele existe, de que Ele é o Criador de todas as coisas e portanto bom, pois fez todas as coisas boas, infinitamente sábio, pois se pode perceber uma grande perfeição em toda a Criação; então a existência de Deus, sua bondade, sua perfeição, sua sabedoria.

São estes atributos básicos iniciais para o nosso discurso, para o nosso falar a respeito de deus com as pessoas que não tem ainda a graça da fé”.


Monsenhor Luis Antonio Catelan

Comissão da Doutrina da Fé – CNBB








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