O tempo do
Advento que inicia neste primeiro domingo de Dezembro foi o tema desenvolvido pelo
Papa Francisco na sua reflexão, antes da oração mariana do Angelus, juntamente com
os fieis reunidos na Praça de São Pedro.
O Papa disse que o primeiro domingo
do Advento tem um fascínio especial porque marca o início dum novo ano litúrgico,
de um novo caminho do povo de Deus com Jesus Cristo. Redescobrimos a beleza de estar
todos a caminho, numa peregrinação universal em direcção a uma meta comum. Mas que
meta, para onde vamos, interrogou-se o Papa, indicando nas palavras do Senhor através
do profeta Isaías, primeiro Jerusalém, onde surgiu o templo do Senhor, a revelação
do rosto de Deus e da sua lei, revelação que encontrou em Jesus Cristo a sua completa
realização. Jesus Cristo é portanto, o guia e, e ao mesmo tempo, a meta da peregrinação
do Povo de Deus. À sua luz todos os povos caminham em direcção ao Reino da justiça
e da paz.
A este ponto o Papa citou mais uma vez o profeta Isaías quando
este diz que com a vinda do Senhor os povos “forjarão das suas espadas relhas de
arados, e das suas lanças foices. Uma nação não levantará a espada contra a outra
nação e não se adestrarão mais para a guerra.”
Mas quando é que isto acontecerá,
interrogou-se o Papa, prosseguindo…
“Que belo que será o dia em que as
armas serão desmontadas para serem transformadas em instrumentos de trabalho! Que
belo dia que será! E isto é possível. Apostemos na esperança, na esperança duma paz
quer será possível”
Da janela do Palácio Apostólico, olhando para os milhares
de fiéis que o escutavam, o Papa recordou que esse caminho nunca se conclui, pois
que tal como na vida duma pessoa em que há sempre necessidade de voltar a partir,
de se levantar, de reencontrar o novo sentido da própria existência, assim também
para a grande família humana é necessário renovar sempre o horizonte comum, “o horizonte
da esperança” .
É este horizonte que nos permite fazer uma boa caminhada…
O tempo do Advento que hoje de novo começamos, volta a dar-nos o horizonte da esperança,
uma esperança que não desilude, porque é fundada na Palavra de Deus, e Deus não desilude,
é fiel”. Ele não desilude. Pensemos e sintamos esta beleza!” …
O Papa concluiu
indicando Nossa Senhora como come o modelo desse modo de caminhar na esperança, ela
simples menina de aldeia que traz no coração toda a esperança de Deus.
“Deixemo-nos
guiar por ela, neste tempo de espera e de vigilância activa, porque é mãe, é mamã,
e sabe como guiar-nos”