Moçambicanos realizam marcha contra violência sobre a mulher
Membros da
Sociedade Civil, líderes de Confissões religiosas, representantes do Governo, marcharam
na manhã deste sábado contra a violência praticada a mulher e a rapariga. A marcha
organizada pela Rede Hopen, Homens Pela Mudança, partiu da Praça da Paz, passando
pelas várias artérias da cidade de Maputo viria desembocar na Praça da Independência.
Foi a partir deste local que a ministra moçambicana da Mulher e Acção Social,
Yolanda Cintura, falando aos microfones da Rádio Vaticano, em Maputo disse que aquela
marcha se enquadra nas várias actividades agendadas no âmbito da campanha dos 16 dias
de luta contra a violência sobre a mulher e a rapariga.
Para o músico e deputado
na Assembleia da República, Roberto Chitsondzo, aderir a esta marcha é uma das formas
de identificar-se com esta causa, a de não a violência, seja de e para quem for. Chitsondzo
afirmou ainda que o facto de a sociedade moçambicana ser tradicionalmente machista,
é umas das razões que poderá estar por detrás da violência sobre a mulher e a rapariga.
Na
marcha contra a violência sobre a mulher, esteve também presente o jurista e igualmente
presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Custódio Duma, que diz ser contra
todo e qualquer tipo de violência. Entretanto, Duma afirma que a lei só por si não
vai resolver o problema da violência, sendo que é preciso mudar a mentalidade das
pessoas.
Ecos da Marcha Contra a Violência doméstica sobre a mulher e a rapariga,
havida este sábado, na capital do país, a qual se enquadra na campanha dos 16 dias
de activismo contra a violência doméstica. Hermínio José (Maputo)