Moçambique: A tensão político-militar pode resultar da má implementação do Acordo
Geral de Paz
Partidos políticos,
membros das confissões religiosas e da sociedade civil defendem que é momento de discutir
e encontrar consensos sobre a situação militar do país. Numa mesa redonda realizada
esta semana, em Maputo, vários intervenientes apelam ao Presidente da República, Armando
Guebuza e ao líder da Renamo, Afonso Dlhakama a dialogar rapidamente e encontrar
soluções que satisfaçam as duas partes. O encontro foi promovido pelo Centro
dos Estudos de Democracia e Desenvolvimento (CEDE), cujo tema central girava em torno
do Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, em 1992, o qual viria a pôr fim aos 16 anos
de Guerra Civil em Moçambique. Para Obede Baloi, deste Centro, é essencial encontrar
soluções rápidas para pôr fim a tensão político-militar que se regista no Centro do
País. E para o líder do Partido para a Paz e Democracia, PDD, Raúl Domingos, é tempo
de implementar correctamente o Acordo Geral de Paz. Aliás, Raúl Domingos era o chefe
da delegação da Renamo, na assinatura dos Acordos de Roma. Entretanto, o Porta-voz
da RENAMO, Fernando Mazanga, disse que o Acordo Geral de Paz prevê a existência de
homens armados neste partido. Mazanga reitera que o Acordo Geral de Paz prevê que
a segurança da Renamo deve ser pelos homens armados daquele partido político. Por
seu turno, o representante do Conselho Cristão de Moçambique, Domingos Matsolo, apela
ao diálogo e entendimento entre as partes em contenda. Ecos dos intervenientes
do debate que decorreu esta semana em Maputo, subordinado ao tema “Acordo Geral de
Paz: Passado, Presente e Futuro”. Este evento foi promovido pelo Centro dos Estudos
de Democracia e Desenvolvimento (CEDE). De Maputo, Hermínio José