A pastoral dos migrantes e refugiados: entre integração e inclusão. Encontro dos
responsáveis pela pastoral dos migrantes das Conferências Episcopais da Europa
Os desafios e as perspectivas da pastoral dos migrantes e refugiados; a cooperação
entre as Conferências episcopais, o intercâmbio de experiências e as dificuldades
dos directores nacionais, as políticas de migração e a questão da integração dos trabalhadores
imigrantes serão os temas centrais da conferência de dois dias, promovida pelo Conselho
das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), para os Bispos e directores nacionais
para a pastoral dos migrantes e refugiados das Conferências Episcopais da Europa,
a ter lugar em La Valletta (Malta), de 2 a 4 de Dezembro próximos. A conferência
iniciará com uma visita a Hal Safi (sul da ilha de Malta), uma centro "fechado" para
os requerentes de asilo, e é promovida pela Secção "Migração" da Comissão Caritas
in Veritate do CCEE, presidida pelo cardeal Josip Bozanic, arcebispo de Zagreb,
pelos Bispos e delegados responsáveis pela pastoral dos Migrantes das Conferências
Episcopais. O encontro realiza-se a convite do bispo local Dom Paul Cremona, e contará
com a participação de numerosos especialistas e protagonistas da pastoral dos migrantes
de diferentes países; dos vértices do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes
e Itinerantes, do seu presidente, o cardeal Antonio Maria Vegliò, e do subsecretário
daquele dicastério vaticano, Mons. Gabriele Ferdinando Bentoglio. "O fenómeno da
migração sempre esteve presente no continente europeu, mas por diversas razões agora
assume novas dimensões e é mais complexo do que nunca", afirma Mons. Duarte da Cunha,
secretário-geral do CCEE, e continua: refugiados, migrantes temporários (trabalhadores
sazonais), jovens em busca de trabalho exigem da sociedade uma resposta a nível social,
político e até mesmo pastoral aos novos desafios. Seguindo uma tradição já longa,
o CCEE quer contribuir com estes encontros às questões pastorais que surgem na Europa
e na pastoral com e para os migrantes.
Sabendo que a vida religiosa e a pertença
a uma comunidade de fé é muito importante na vida de cada um e que se faz sentir de
modo particular naqueles que estão longe de casa, é urgente que seja reconhecido por
todos o valor que a pastoral da Igreja tem para a vida dos migrantes. Queremos reiterar
que a pastoral dos migrantes não é acessória, mas antes uma prioridade da Igreja e
tem uma influência em toda a vida social. Na verdade, a contribuição que a Igreja
traz para a coesão social e a integração harmoniosa dos estrangeiros é enorme e deve
ser muito valorizada”.