Uberaba - (RV) - Não é tão fácil ter paz verdadeira num mundo e numa cultura
de tanta riqueza de diversidade. A desarmonia, em muitas situações, fala muito mais
alto. Há muita discórdia, inconformismos, que até provoca situações de violência e
vandalismo alhures. O grande símbolo de tudo isto está na total banalização das armas.
Em
diversos momentos de sua história as pessoas são tomadas de surpresas. Isto acontece
nos incidentes da própria natureza, numa doença, num descuido no trânsito, nas construções
visando progresso etc. Em muitos deles existe determinado grau de irresponsabilidade,
tirando a paz, levando a grandes desconfortos.
Muitos eventos são apresentados
de forma sensacionalista, primando por novidade, por progresso e desenvolvimento.
É o caso dos desatinos e correrias na preparação para a copa e as olimpíadas. Será
que todo investimento nas construções possibilitará uma realidade de paz, de concórdia
e vida saudável para a população, principalmente para os mais pobres e sofridos de
nosso país?
Temos que vislumbrar vida nova, de paz, de concórdia, de saúde
e qualidade. Mas sofremos as consequências negativas da caminhada tecnológica, tirando
a paz e a qualidade de vida da população. As irradiações químicas e os efeitos dos
venenos jogados na natureza têm sido contravalores na defesa da vida em todas as suas
dimensões.
Estamos muito assustados com o alto índice e o crescimento de certas
doenças na vida da população. Assistimos e “elogiamos” um progresso que mata. Não
há tanta preocupação com a prevenção e com as consequências negativas e desastrosas
dos grandes negócios. Uma fábrica de amônia, por exemplo, que supõe investimentos
milionários, não pode colocar toda uma população em risco?
Não podemos ser
contra o progresso. Ele é sempre bem vindo e saudável. Isto faz parte das riquezas
da história humana, das possibilidades de uma vida melhor para todos, mas tem que
ser de forma sustentável, tendo como primeiro e sublime objetivo a qualidade de vida
das pessoas, condição essencial para verdadeira paz. Os critérios de responsabilidade
devem estar acima de qualquer interesse de âmbito econômico.