Igreja deve ser sempre missionária - video-mensagem do Papa à peregrinação mexicana
no final do Ano da Fé...
Sábado o Papa enviou uma vídeo-mensagem aos participantes na Peregrinação que decorre
na Cidade do México de 16 a 19 deste mês, sob o tema “Nossa Senhora de Guadalupe,
estrela da nova evangelização no Continente americano”, peregrinação organizada em
jeito de encerramento do Ano da Fé e que alterna momentos de oração com momentos de
reflexão. A peregrinação é organizada pela Pontifícia Comissão para a América Latina.
Na sua mensagem o Papa retoma o famoso documento de Aparecida que marca uma
importante etapa de reflexão sobre a missão da Igreja na América Latina. Documento
que - disse o Papa – põe a Igreja em estado permanente de missão, de uma missão generalizada,
o que supõe um sair de si mesma, um caminhar e semear sempre renovados e cada vez
mais além. “É vital para a Igreja não fechar-se em si mesma, não sentir-se já satisfeita
e segura com o que já atingiu” (...). “É preciso sair da própria comunidade e ter
a audácia de ir às periferias existenciais que precisam de sentir a proximidade de
Deus (…). “Chegar a todos, sem exclusão de ninguém e tendo em grande consideração
as circunstâncias de cada um” – frisou o Papa recordando que “evangelizar requer
muita paciência”.
Bergoglio disse ainda que quem conduz a pastoral na
Igreja particular é o Bispo, o qual deve ter uma atitude de verdadeiro pastor e não
de príncipe ou de mero funcionário atento essencialmente à disciplina, às regras.
É necessário que “saiba promover a esperança nos corações, que saiba discernir,
sem o apagar, o sopro do espírito Sant, que vem donde quer, para o bem da Igreja e
da sua missão no mundo”.
O Bispo – prosseguiu o Papa – faz tudo isto em
colaboração com os agentes pastorais, sobretudo os presbíteros. Mas para o bom êxito
de tudo isso há que afastar qualquer tentação de clericalismo que – frisou – “tanto
dano faz à Igreja na América Latina”.
O Papa considera, por isso, “urgente,
formar ministros capazes de proximidade, de encontro, que saibam acender a luz no
coração das pessoas, caminhar com elas, entrar em diálogo com as suas esperanças e
os seus temores” .
Por fim, o Papa dirigiu-se aos consagrados e consagradas,
definindo-os “fermento na Igreja”, e pedindo-lhes para serem fiéis ao carisma
recebido, e que no serviço à Igreja hierárquica não deixem esvanecer a graça que o
Espírito Santo infundiu nos seus fundadores e que devem transmitir integralmente.