Mons. Tejado Muñoz: "Igreja em todo o mundo forma uma gigantesca rede de ajuda às
Filipinas"
Cidade do Vaticano (RV) – Toda a Igreja está mobilizada para socorrer as populações
das Filipinas atingidas pelo Tufão Hayan. Atendendo aos apelos do Santo Padre, as
Conferências Episcopais de todo o mundo estão promovendo campanhas de solidariedade.
Na Itália, a coleta será realizada nas igrejas no domingo, primeiro de dezembro. No
entanto, o balanço das vítimas, segundo a ONU, superou o 4.400 mortos e ainda existem
muitos desaparecidos. O temor agora é com as epidemias. Sobre o auxílio da Santa Sé,
a Rádio Vaticano conversou com o Subsecretário do Pontifício Conselho Cor Unum, Mons.
Segundo Tejado Muñoz:
R: “Como bem sabeis, o Cor Unum é o Dicastério
da Santa Sé encarregado das ajudas humanitárias, mas é também um pouco o dicastério
da caridade do Santo Padre. Enviamos já uma primeira ajuda de emergência – US$ 150
mil – que é simplesmente um sinal da proximidade do Santo Padre. Ele já havia falado
sobre isto na Audiência Geral de quarta-feira, mas também no Angelus. Assim, esta
ajuda quer ser um sinal da proximidade do Santo Padre e de toda a Igreja universal
às pessoas que estão sofrendo por causa desta calamidade”.
RV: Como
estão se movimentando todas as agências católicas do mundo, que estão levando socorro
às Filipinas?
R:“Esta é uma contribuição que a Igreja dá nestas
ocasiões. A maior parte da ajuda – por outro lado – parte das Igrejas locais, das
Caritas locais; mas não somente das Caritas, também tantas outras agências nacionais
e diocesanas que fazem a coleta de fundos, movimentam-se neste sentido. Como vocês
sabem, a Conferência Episcopal Italiana (CEI) – por meio do Comitê para as intervenções
caritativas – já enviou 3 milhões de euros ao país. Depois, as Caritas deram início
a uma primeira distribuição de fundos e no local existem tantas pessoas que ajudam
a administrar estas ajudas. A Caritas italiana mandou 100 mil euros, também a Caritas
espanhola e tantas outras…. É uma rede enorme de ajuda que é coordenada daqui, da
Caritas internationalis em Roma... Chegam constantemente notícias de programas,
de projetos e de pessoas, sobretudo, que é isto que serve neste momento, para dar
uma mão”.
RV: Então, poderíamos dizer que os 150 mil euros do Cor
Unum são substancialmente uma cifra simbólica...
R: “É
um primeiro sinal, para indicar que o Santo Padre está próximo a eles e que a Igreja
está próxima às pessoas que sofrem. No caso da crise síria, por exemplo, fizemos uma
estimativa e constatamos que as ajudas enviadas por todas as agências católicas de
apoio e desenvolvimento chegam a mais de 80 milhões de euros. Podemos imaginar então
como todas estas realidades que vivem nas dioceses e nas paróquias dos diversos países
do mundo movimentam-se contemporaneamente, no mesmo momento em que se manifesta um
problema deste gênero, com um grandioso potencial e sobretudo com uma grandíssima
generosidade por parte dos fiéis”.
RV: Está previsto que o Cor
Unum, em nome do Papa, vá visitar as zonas atingidas pelo tufão nas Filipinas?
R:“Isto o fazemos sempre: em nome do Santo Padre já estivemos no Japão, após o tsunami
no Haiti, quando ocorreu o terremoto....Agora não saberia dizer as datas, mas logo:
penso que antes do Natal gostaríamos de levar uma mensagem de esperança de proximidade,
sobretudo uma mensagem espiritual. O Santo Padre é próximo a estas populações com
a sua oração. O Cardeal Sarah, Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, irá, junto
com alguém de nós, visitar as pessoas que já estão trabalhando alí. Seguramente, faremos
uma reunião de coordenação, como fazemos sempre, com as agências que já estão operando
no local. É um momento de comunhão e também de coordenação, de encontro, para levar
também o agradecimento de toda a Igreja ao Santo Padre pelo trabalho que fazem”.
(JE)