Regente da Penitenciaria Apostólica: graças ao Papa Francisco, muitos redescobrem
o Sacramento da Reconciliação
Cidade do Vaticano (RV) - "Penitência e Penitenciaria entre Humanismo e Renascimento.
Doutrinas e praxes de 1300, no alvorecer da Idade Moderna (1300-1517)": esse é o tema
do IV Simpósio de estudos organizado em Roma pela Penitenciaria Apostólica, programado
para esta quinta e sexta-feiras. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o regente da Penitenciaria,
Mons. Krzysztof Nykiel, nos responde se o tema da Confissão não corre o risco de ser
pouco considerado, numa época de eclipse do sentido do pecado:
"Refletir sobre
a evolução histórica, canônica e pastoral da praxe penitencial e do sacramento da
Penitência, bem como da Penitenciaria Apostólica, não são temas que nos evocam um
passado que não mais existe. A Confissão sacramental é ainda hoje a seiva vital da
Igreja. De fato, o Simpósio deste ano se realiza em concomitância com a conclusão
do Ano da Fé, que – como se pôde constatar – registrou em Roma uma numerosa presença
de peregrinos do mundo inteiro para renovar a sua profissão de fé. Muitos peregrinos
recorreram ao sacramento da Reconciliação nas várias basílicas papais de Roma. Nossos
penitencieiros menores informam-nos com entusiasmo que muitos dos peregrinos que todas
as quartas-feiras, dia da audiência geral – ou no domingo quando acorrem à Praça São
Pedro para ouvir as palavras do Papa no Angelus –, procuram o sacramento da
Confissão com maior confiança e espírito de arrependimento. Também as igrejas ao redor
do Vaticano estão repletas de fiéis que pedem para se confessar e dedicam tempo à
oração. O Papa Francisco, reiteradas vezes em seus discursos e pronunciamentos públicos,
tem convidado a não se ter medo de pedir perdão a Deus porque o Senhor se alegra em
conceder a sua misericórdia. De fato, encontrando os Penitencieiros menores da Basílica
de Santa Maria Maior, no dia seguinte ao da sua eleição pontifícia, disse-lhes: 'Misericórdia,
misericórdia, misericórdia. Vocês são confessores, portanto, sejam misericordiosos
para com as pessoas'." (RL)