Tufão nas Filipinas – milhares de mortos só em Tacloban. O Papa Francisco rezou pelas
vítimas e já enviou ajuda
O super tufão
Haiyan que devastou na passada sexta-feira o arquipélago das Filipinas deverá ter
provocado a morte a mais de dez mil pessoas numa tragédia sem precedentes, segundo
podemos ler na edição on line do jornal diário português “Público”. As regiões mais
afetadas são as ilhas de Samar e Leyte. Milhares de edifícios, residências e também
as escolas, os hospitais e os pavilhões desportivos tinham sido utilizados como centros
de acolhimento para proteger as populações da tempestade mas desmoronaram-se como
um castelo de cartas. Alguns desfizeram-se com o vento; outros ruíram pela base, com
a força da corrente. O Presidente das Filipinas, Benigno Aquino, já declarou o estado
de calamidade. No Angelus deste domingo o Papa Francisco lançou uma mensagem de
solidariedade para com o povo filipino. O Santo Padre lamentou o elevado número de
vítimas e os enormes danos provocados pelo tufão e pediu a todos um momento de oração
silenciosa e também uma oração a Nossa Senhora. Através do Conselho Pontifício
Cor Unum o Papa Francisco enviou um primeiro contributo de 150 mil dólares para o
socorro às populações. Outras ofertas de ajuda internacional estão, entretanto, a
chegar às Filipinas. O director do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, Praveen
Agrawal, confirmou ontem que um primeiro carregamento de 44 toneladas de mantimentos
está já a caminho das províncias de Leyte e Cebu, bem como geradores e material médico
e cirúrgico. A Unicef despachou 60 toneladas de material de sobrevivência, sanitário
e médico. A nossa colega do programa italiano da Rádio Vaticano Giada Aquilino
entrevistou telefonicamente Josephine Ignacio, coordenadora do programa de emergência
da Caritas das Filipinas:“Aquilo que a Igreja está a fazer é a tomar contacto com
as dioceses mais próximas para lhes pedir ajuda, sobretudo, no que diz respeito ao
fornecimento de comida à população de Tacloban. Algumas dioceses não tiveram tantos
danos e ainda têm reservas de arroz, a economia local está ainda operacional com lojas
de produtos alimentares. Por isso, demos dinheiro em troca de géneros de primeira
necessidade para ser enviado para Tacloban e para as 11 dioceses nas quais foram assinalados
os danos mais graves.” (RS)