2013-11-12 16:14:48

Cardeal Tauran: Bento XVI sempre teve muito a peito o diálogo inter-religioso


Cidade do Vaticano (RV) - "O Diálogo Inter-religioso no ensinamento oficial da Igreja Católica". Esse é o título do livro apresentado na manhã desta terça-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé pelos presidente e secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, respectivamente, Cardeal Jean-Louis Tauran, e Pe. Miguel Ángel Ayuso Guixot. O volume traz textos e documentos do Magistério pontifício a partir do Concílio Vaticano II até Bento XVI.

Em 2.100 páginas, 909 das quais com textos conciliares, Cartas encíclicas, Exortações apostólicas e discursos de cinco papas, além de documentos de dicastérios e da Cúria Romana sobre o diálogo inter-religioso, o volume apresenta-se como uma obra poderosa dirigida aos católicos e, sobretudo, aos seguidores de outras religiões.

O Cardeal Tauran quis ressaltar a novidade dos textos de Bento XVI, desfazendo "a imagem" de que este "não tivesse interesse no diálogo inter-religioso":

"Em sete anos de Pontificado se pode contar 188 pronunciamentos de Bento XVI sobre o diálogo inter-religioso, diante dos 591 de João Paulo II em quase vinte e sete anos de Pontificado. A atenção a esse tema foi constante, aliás, crescente, tanto num Pontificado como no outro. Bento XVI propôs o 'diálogo da caridade na verdade'."

Ademais, um ano após o "rebuliço" da Conferência de Ratisbona, acrescentou o purpurado, foram dados passos importantes com o mundo islâmico:

"Trinta e oito sábios muçulmanos, que depois se tornaram 138, escreveram ao Papa um documento expondo os princípios do Islã e fazendo votos de uma mútua compreensão e de uma relação entre o Islã e o Cristianismo fundada no amor a Deus e ao próximo, segundo o ensinamento de Jesus. A criação de um Fórum cristão-islâmico, que dura até hoje, é fruto dessa louvável iniciativa."

E em tema de liberdade religiosa Bento XVI aproveitou as ocasiões que teve para defendê-la como "direito sagrado e inalienável":

"Bento XVI identificou no processo de globalização mundial, ainda hoje em andamento, uma ocasião propícia para promover relações de fraternidade universal entre os homens."

Mas a que ponto nos encontramos no caminho do diálogo entre as religiões? A resposta é do secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Pe. Miguel Ayuso:

"O caminho ainda é longo, mas com o Papa Francisco o caminho continua com o 'diálogo da amizade'." (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.