Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, no final da manhã, desta sexta-feira,
na Sala Clementina, no Vaticano, os 55 participantes na Assembléia Plenária do Tribunal
Supremo da Assinatura Apostólica.
Em seu discurso, o Papa expressou, antes
de tudo, seu reconhecimento pela promoção da reta administração da justiça na Igreja,
desenvolvida pelos membros do Tribunal Supremo do Vaticano.
A seguir, o Bispo
de Roma recordou o verdadeiro significado da atividade do organismo vaticano:
“A
sua atividade é favorecer a obra dos Tribunais eclesiásticos, chamados a responder
adequadamente aos fiéis, que se dirigem à justiça da Igreja para obter uma justa decisão.
Vocês trabalham para o bom funcionamento do organismo e apóiam os Bispos na sua responsabilidade
de formar idôneos ministros da justiça”.
Neste sentido, o Papa falou do
Defensor do vínculo, que desenvolve uma função importante, especialmente no processo
de nulidade matrimonial: ele deve cumprir sua função com eficácia, a fim de chegar
à verdade, com a sentença definitiva, em prol do bem pastoral das partes em causa.
Em
relação ao tema da Assembléia Plenária, que colocou ao centro de seus trabalhos a
promoção de uma defesa eficaz do vínculo matrimonial, nos processos canônicos de nulidade,
o Pontífice afirmou que o ministério do Defensor do vínculo deve ser oportuno, mediante
todo tipo de provas, exceções, recursos e apelações, que, no respeito à verdade, favorecem
a defesa do próprio vínculo.
Por isso, disse o Papa, o Defensor do vínculo
matrimonial não deve limitar-se à leitura apressada dos atos, nem a respostas burocráticas
e genéricas. Pelo contrário, em sua tarefa delicada, deve procurar conciliar as prescrições
do Código de Direito Canônico com as situações concretas da Igreja e da sociedade.
Por fim, o Santo Padre fez uma última anotação em relação aos agentes da justiça
eclesial, que agem em nome da Igreja e fazem parte da Igreja: “Eles devem ter sempre
presente a reação entre a Igreja que evangeliza e a sua ação ao administrar a justiça.
O exercício da justiça é um compromisso com a vida apostólica. (MT)