2013-11-07 12:27:53

Guiné-Bissau: Sindicatos dos Professores do Ensino Público suspendem greve de 90 dias, iniciada a 1 de Outubro passado


Os Sindicatos dos Professores das Escolas Públicas da Guiné-Bissau, Sinaprof e Sindeprof, decidiram suspender terça-feira a greve de 90 dias, que vinha decorrendo nas Escolas Públicas, como consequência da falta de pagamento de salários aos professores.
O que significa que mais de 20 mil alunos guineenses vão começar as aulas ainda esta semana.
Depois de várias negociações, "o governo de transição comprometeu-se em pagar 6 dos 9 meses de salários a diferentes categorias de professores, contratados, novo ingresso e doentes", assegurou Laureano da Costa porta-voz da Comissão da greve dos dois sindicatos dos professores.

O pagamento deve começar hoje quarta-feira.

O executivo de transição em diversas ocasiões garantiu aos sindicatos dos professores que não tinha dinheiro para honrar os seus compromissos, evocando a crise financeira que o país enfrenta devido ao golpe de estado de 12 de Abril de 2012.
Mas com o aumento da pressão por parte dos alunos que ameaçaram com vigílias em frente da sede da Assembleia Nacional Popular, do governo e da Presidência da República, o governo encontrou uma saída.
Recorreu ao sector privado pedindo empréstimo ao Fundo de Promoção Industrial (FUNPI), criado pelo governo deposto mediante o pagamento de uma taxa sobre castanha a exportar para ajudar na promoção e industrialização da agricultura.

Laureano da Costa avançou que "as negociações entre os sindicatos dos professores e o governo vão continuar para resolver as questões que se prendem com o estatuto da carreira docente, a efectivação dos professores do novo ingresso, a requalificação e subsídios de isolamento". Questionado se o pagamento dos seis meses de salários poderá evitar novas paralisações no ensino público, Laureano da Costa foi peremptório: "queremos um ano escolar sem sobressaltos, mas tudo vai depender do governo. É claro que tem que cumprir com as suas obrigações, caso contrário os sindicatos não ficarão de braços cruzados sem resolver os problemas da classe docente".
A greve no sector do ensino iniciou dia depois da abertura do novo ano escolar.


Indira Correia Baldé em Bissau










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