Guiné-Bissau, Presidente de Transição procura uma nova data para as eleições gerais
no País
O Presidente de Transição, Serifo Nhamadjo (foto) niciou na sexta-feira passada encontros
com partidos políticos para encontrar uma data consensual para a realização de eleições
legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau. Na sexta-feira recebeu os partidos
com representação parlamentar, o PAIGC, o PRS, AD e PND. A data proposta foi de
23 de Fevereiro ou 2 de Março de 2014.Os partidos concordaram com o Presidente de
transição deixando que o Chefe do estado escolha uma dessas datas para as eleições. Na
sequência das audições de segunda-feira tudo ficou alterado. Foram 3h e meia de reunião
com os partidos sem assento parlamentar. Os pequenos partidos reprovaram as datas
de 23 de Fevereiro e de 2 de Março, e apresentaram 23 de Março como ideal para as
eleições. Alípio da Silva é Porta-voz dos pequenos partidos reunidos num fórum.
Depois do encontro com o presidente de Transição, Alípio da Silva disse que em termos
técnicos é impossível realizar eleições a 2 de Março. Justificou que se assim for,
"a apresentação das candidaturas vai acontecer na mesma altura em que decorre o recenseamento
eleitoral. Segundo o porta-voz dos pequenos partidos, a apresentação das candidaturas
no Supremo Tribunal de Justiça deve obedecer critérios legais, isto é, tem que ser
depois da publicação dos cadernos das eleições dando possibilidades aos recenseados
de fazerem reclamações. Agnelo Regala é Presidente do Partido da União para Mudança(UM).
É da opinião que não vale a pena acelerar o processo de eleição, "há que respeitar
os prazos previstos para a realização de eleições. Pressa é má conselheira, é bom
permitir que as eleições decorram de forma livre, transparente, justa e democrática
pelo menos uma vez na Guiné-Bissau". Visão contrária tem o Movimento Nacional da
Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento. Segundo Jorge Gomes,
presidente do movimento, as eleições deveriam ter lugar mais cedo, a 16 de Fevereiro
de 2014 para permitir aos agricultores realizarem de forma tranquila as suas campanhas
de comercialização da castanha de cajú, "infelizmente a nossa proposta não foi
aceite, a maioria dos partidos optou para 23de março",assegurou Jorge Gomes. O
Presidente de Transição Serifo Nhamadjo vai de novo convocar a Comissão Nacional de
Eleições (CNE) e o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral para analisarem
a proposta dos partidos do Fórum que querem as eleições a 23 de Março. Enquanto
não for definida a data das eleições, o Presidente de Transição pediu a dinamização
do processo, um trabalho profundo de educação cívica junto das populações a fim de
participarem em massa no recenseamento eleitoral a decorrer de 1 a 21 de Dezembro
deste ano. Um recenseamento que segundo o ministro da Administração do Território
e Poder Local vai ser manual melhorado. O cartão do eleitor vai ter fotografia do
seu titular e dados iguais ao do Bilhete de Identidade.