2013-11-05 10:23:09

Guiné-Bissau, Presidente de Transição procura uma nova data para as eleições gerais no País


O Presidente de Transição, Serifo Nhamadjo (foto) niciou na sexta-feira passada encontros com partidos políticos para encontrar uma data consensual para a realização de eleições legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau.
Na sexta-feira recebeu os partidos com representação parlamentar, o PAIGC, o PRS, AD e PND.
A data proposta foi de 23 de Fevereiro ou 2 de Março de 2014.Os partidos concordaram com o Presidente de transição deixando que o Chefe do estado escolha uma dessas datas para as eleições.
Na sequência das audições de segunda-feira tudo ficou alterado. Foram 3h e meia de reunião com os partidos sem assento parlamentar.
Os pequenos partidos reprovaram as datas de 23 de Fevereiro e de 2 de Março, e apresentaram 23 de Março como ideal para as eleições.
Alípio da Silva é Porta-voz dos pequenos partidos reunidos num fórum. Depois do encontro com o presidente de Transição, Alípio da Silva disse que em termos técnicos é impossível realizar eleições a 2 de Março.
Justificou que se assim for, "a apresentação das candidaturas vai acontecer na mesma altura em que decorre o recenseamento eleitoral. Segundo o porta-voz dos pequenos partidos, a apresentação das candidaturas no Supremo Tribunal de Justiça deve obedecer critérios legais, isto é, tem que ser depois da publicação dos cadernos das eleições dando possibilidades aos recenseados de fazerem reclamações.
Agnelo Regala é Presidente do Partido da União para Mudança(UM). É da opinião que não vale a pena acelerar o processo de eleição, "há que respeitar os prazos previstos para a realização de eleições. Pressa é má conselheira, é bom permitir que as eleições decorram de forma livre, transparente, justa e democrática pelo menos uma vez na Guiné-Bissau".
Visão contrária tem o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento.
Segundo Jorge Gomes, presidente do movimento, as eleições deveriam ter lugar mais cedo, a 16 de Fevereiro de 2014 para permitir aos agricultores realizarem de forma tranquila as suas campanhas de comercialização da castanha de cajú,
"infelizmente a nossa proposta não foi aceite, a maioria dos partidos optou para 23de março",assegurou Jorge Gomes.
O Presidente de Transição Serifo Nhamadjo vai de novo convocar a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral para analisarem a proposta dos partidos do Fórum que querem as eleições a 23 de Março.
Enquanto não for definida a data das eleições, o Presidente de Transição pediu a dinamização do processo, um trabalho profundo de educação cívica junto das populações a fim de participarem em massa no recenseamento eleitoral a decorrer de 1 a 21 de Dezembro deste ano.
Um recenseamento que segundo o ministro da Administração do Território e Poder Local vai ser manual melhorado. O cartão do eleitor vai ter fotografia do seu titular e dados iguais ao do Bilhete de Identidade.

Indira Correia Baldé em Bissau











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