Será em breve beatificado Dom Antonio Durcovici, bispo romeno, mártir sob o regime
comunista
O Papa Francisco recebeu nesta quarta-feira o Cardeal Angelo Amato (foto, em recente
beatificação, na Hungria), Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, autorizando
o Dicastério de promulgar os Decretos sobre o reconhecimento do martírio de um bispo
e as virtudes heróicas de três religiosas.
A Igreja terá, pois, em breve um
novo beato: trata-se do Bispo de Iasi, na Roménia, Dom Antonio Durcovici, assassinado
por ódio à fé em 1951, durante o regime comunista. O bispo havia já passado dois anos
num campo de concentração da Moldávia durante a Primeira Guerra Mundial, por ser originário
da Áustria. Durante os anos da dura perseguição anticristã na Roménia, sem se importar
com os perigos e ameaças do regime, começou a visitar as paróquias da sua diocese
anunciando a todos o Evangelho do amor e da liberdade em Cristo. Preso em 1949, foi
trancado na prisão de Sighet, a mais dura do País, onde morreu em 1951 aos 63 anos.
Dos seus sofrimentos na prisão nada ficou: o regime quis apagar qualquer lembrança
sua, bem como para muitos outros mártires desta Igreja do silêncio.
A Igreja
tem ainda três novas Veneráveis, Servas de Deus, de quem foram reconhecidas as virtudes
heróicas. A primeira é Onoria Nagle, chamada "Nano", religiosa irlandesa em 1700,
fundadora da Congregação das Irmãs da Apresentação da Santíssima Virgem Maria, que
se dedicam à assistência e instrução dos pobres e dos jovens.
Depois, tem
a religiosa Celestina Bòttego, fundadora da Sociedade Missionária de Maria; nascida
em Glendale (Ohio, EUA) em 1895 e morta em San Lazzaro di Parma em 1980; ela não queria
fundar nenhuma congregação porque se considerava "mais apta para estragar as obras
de Deus que para fazê-las", e queria fazer apenas" os interesses de Jesus". Mas Deus
providenciou de maneira diferente: assim ela pôde dedicar toda a sua vida aos últimos,
ex-prisioneiros, nómadas e os pobres.
Finalmente, reconhecida- como Venerável
também Olga da Mãe de Deus, Irmã professa da Congregação das Filhas da Igreja, nascida
na província de Vicenza em 1910 e falecida em Mestre, em 1943. Viveu em particular
o ideal místico contemplativo da adoração eucarística e do serviço apostólico na
paróquia. Dela se diz que não fez nada de extraordinário, mas que viveu a vida quotidiana
com profunda fé e amor genuíno.