2013-11-01 09:39:00

Maputo – Grande manifestação a favor da paz em Moçambique


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Terá sido a maior manifestação não-governamental, e crítica do Governo, a que Maputo já assistiu. Milhares de pessoas desfilaram nesta quinta-feira na capital de Moçambique, em protesto contra a onda de raptos e a ameaça de guerra que paira sobre o país, segundo se pode ler no site do jornal diário português Público.

A organização tinha previsto que dez mil pessoas pudessem sair à rua, contudo, várias são as fontes que afirmam terem sido muitos mais os manifestantes. A organizar esta manifestação pública foi o Fórum das Organizações da Sociedade Civil, a que se associaram confissões religiosas, partidos e outras organizações.

A manifestação estendeu-se e foi engrossando ao longo dos cerca de três quilómetros que separam o topo da Avenida Eduardo Mondlane, onde há uma estátua dedicada ao primeiro líder da Frelimo, e a Praça da Independência, onde outra escultura evoca Samora Machel, o primeiro Presidente do país. Precisamente, uma das vozes críticas do modo como o atual Governo está a lidar com a vaga de sequestros é a de Graça Machel, mulher do primeiro chefe de Estado.

Muitos dos manifestantes vestiam t-shirts com palavras de ordem , tais como “Stop raptos”, “Abaixo a intolerância”, “Abaixo a guerra” – que remetiam para os dois grandes problemas que, neste momento, afligem Moçambique: os raptos e a crise político-militar que ameaça reeditar a guerra civil entre Frelimo e Renamo que aconteceu entre 1976 e 1992.
Na Beira, segunda cidade do país, onde ocorreram quatro raptos desde o início do ano, mais de um milhar de manifestantes saíram também à rua nesta quinta-feira, para pedir uma "investigação séria". Também dali partiram apelos ao Governo e à Renamo para que encontrem formas para ultrapassarem a tensão que ameaça a paz. (RS) RealAudioMP3








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