O amor de Jesus deve estar no centro da vida dos cristãos – Papa na missa de quinta-feira
na Basílica de São Pedro junto ao túmulo do Beato João Paulo II
O Papa Francisco celebrou
a missa desta quinta-feira (dia 31) na Basílica de São Pedro no altar onde está o
túmulo do Beato João Paulo II. Estiveram presentes cerca de uma centena de sacerdotes
e alguns fieis. A liturgia de hoje propõem uma Leitura da Carta de S. Paulo aos Romanos
em que o Apóstolo nos fala do seu amor por Cristo e no Evangelho de S. Lucas ficamos
a saber que Jesus chorou por Jerusalém, cidade que não percebeu o Seu amor por ela.
O Papa Francisco começou por estas palavras de S. Paulo: “Nada me pode afastar do
Amor de Cristo”:
“Era o centro da sua própria vida, a referência: o amor
de Cristo. E sem o amor de Cristo, sem viver deste amor, reconhecê-lo, nutrir-se daquele
amor, não podemos ser cristãos: o cristão, aquele que se sente olhado pelo Senhor,
com aquele olhar tão belo, amado pelo Senhor e amado até ao fim. Sente... O cristão
sente que a sua vida foi salva pelo sangue de Cristo. E isto faz o amor: esta relação
de amor.”
De seguida, o Santo Padre referiu-se à imagem da tristeza de
Jesus quando olha para Jerusalém que não percebeu o Seu amor:
“Não percebeu
a ternura de Deus... Não perceber o amor de Deus: o contrário daquilo que sentia Paulo.
E o choro do coração de Jesus por Jerusalém é este: ‘Jerusalém. Tu não és fiel, tu
não te deixaste amar, e tu confiaste em tantos ídolos, que te prometiam tudo, diziam-te
que davam tudo, depois abandonaram-te’. O coração de Jesus, o sofrimento do amor de
Jesus: um amor não aceite, não recebido.”
O Papa Francisco no final
da sua homilía convidou à reflexão sobre estas duas atitudes, sobre estes dois ícones:
Paulo fiel até ao fim ao amor de Jesus; Jerusalém, o povo infiel:
“Olhemos
a fidelidade de Paulo e a infidelidade de Jerusalém e no centro vêmos Jesus, o seu
coração que nos ama tanto. Que podemos fazer? A pergunta: eu sou mais parecido com
Paulo ou com Jerusalém? O meu amor a Deus é tão forte como o de Paulo ou o meu coração
é um coração tépido como aquele de Jerusalém? O Senhor, por intercessão do Beato João
Paulo II nos ajude a responder a esta pergunta. Assim seja!” (RS)