2013-10-30 12:29:08

“Menos legalismo e mais misericórdia”, pede Dom Eugênio Rixen durante eventos nacionais da Pastoral de DST/Aids


Porto Alegre (RV) – A capital gaúcha sediou, de 25 a 27 de outubro, dois grandes encontros de conscientização sobre o vírus HIV e a Aids. A Assembleia Nacional da Pastoral de DST/Aids e o XI Seminário Nacional de Prevenção ao HIV se realizaram, simultaneamente, nas dependências do Convento dos Capuchinhos.

Os participantes elegeram a nova diretoria, responsável pela gestão nos próximos três anos: Dom Eugênio Rixen, Bispo de Goiás e referencial da Comissão Episcopal da Pastoral da Aids, Frei Luiz Carlos Lunardi, Assessor Nacional, e Frei José Bernardi, Secretário-Executivo.

Dom Eugênio Rixen lembrou que, na linha da compaixão, a motivação dos agentes da Pastoral de DST/Aids é a misericórdia relatada na parábola do bom samaritano. “Queremos colaborar na luta contra essa doença que ainda dá limite à vida das pessoas. É um serviço que nós fazemos com muitas outras organizações públicas (federais, estaduais e municipais)”, relatou dom Rixen. Ele acompanha de perto os trabalhos da Pastoral de DST/Aids desde o surgimento dela em 1999 − ainda que, oficialmente, como bispo referencial seja a partir de 2002. Uma de suas preocupações é o “caminhar dentro da Igreja sempre em diálogo com os diferentes rostos da sociedade”.

No triênio 2011-2013 a Pastoral de DST/Aids teve mais de 3,8 milhões de pessoas atingidas por suas ações e mais de 20 mil soropositivos acompanhados. Entre as atividades, o trabalho de reinserção ainda é forte, mas hoje o foco da pastoral está mais voltado para a difusão da necessidade de fazer o teste do HIV o quanto antes. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e ajuda a superar o custo elevado para o sistema de saúde, além de ser uma prioridade para tentar frear a expressiva taxa de óbitos em decorrência da confirmação tardia. A capital gaúcha foi palco do encontro não por acaso. O Rio Grande do Sul ocupa a alarmante primeira posição absoluta na quantidade de casos da doença, com predomínio para a região metropolitana de Porto Alegre.

“Nós acreditamos que a vida nasce da morte. Então, um vírus de morte pode se tornar um vírus de vida quando a pessoa redescobre uma nova esperança”, disse dom Eugênio Rixen sobre a atitude que todos devem ter ao acolher pessoas soropositivas e com Aids. “O diferente não deve ser visto como ameaça, mas como riqueza. É isso o que Jesus nos pede, menos legalismo e mais misericórdia”, finalizou dom Rixen fazendo um apelo à consciência de todos, mas especialmente a dos cristãos.

(BF/Assessoria do Regional Sul 3 da CNBB)







All the contents on this site are copyrighted ©.