Guiné-Bissau, Presidente de Transição anuncía 5ª nova data para eleições
De regresso da reunião de Dacar, o Presidente de Transição Serifo Nhamadjo iniciou
contactos para a marcação de uma nova data das eleições. Serifo Nhamadjo reuniu-se
com o Primeiro-Ministro de Transição, Rui de Barros, Ministro da Administração Territorial
Baptista Té e Presidente da Comissão Nacional de Eleições(CNE), Augusto Mendes. No
encontro foram analisadas questões ligadas ao processo eleitoral.
Rui de
Barros, chefe do Governo de Transição disse que o executivo está a fazer os trabalhos
administrativos: os kits que devem ser preparados para o recenseamento. O governante
avançou que esses trabalhos administrativos vão continuar até que ser reunido todo
o apoio da Comunidade Internacional às eleições. Para Rui de Barros Timor-Leste é
um grande parceiro do Governo de Transição tendo afirmado que "Timor já anunciou apoios
ao processo eleitoral e que até ao momento o governo só tem apoios da CEDEAO".
Por
seu turno, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Augusto Mendes disse que
a CNE está preparada para realizar eleições mas ressalvou que "antes é preciso que
se anuncie a data do início do recenseamento eleitoral".
Entretanto, Serifo
Nhamadjo vai reunir o Conselho de Estado, seu Órgão Consultivo, na quarta-feira preside
à reunião do Conselho de Ministros e na quinta-feira reúne-se com os partidos políticos
ao fim da qual anunciará uma nova data para as eleições.
Já na semana passada,
o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta
afirmara, no programa Fórum da RTP-África, que é impossível a realização de eleições
a 24 de Novembro inicialmente marcada.
José Ramos Horta indicou como motivos
o atraso no início do recenseamento eleitoral...atraso devido, por sua vez, ao atraso
na definição do tipo do recenseamento que se pretende para essas eleições.
Ainda
na semana passada, o Representante da União Africana, Ovídeo Pequeno, promoveu um
encontro com todos os partidos políticos com e sem assento parlamentar para falarem
das eleições gerais. Os partidos pediram a marcação das eleições para o primeiro trimestre
de 2014.
Os partidos guineenses pediram ainda à União Africana o levantamento
de sanções impostas a Guiné-Bissau desde 12 de Abril de 2012, altura em que se deu
o golpe de Estado que derrubou o Governo eleito na Guiné-Bissau.