2013-10-27 09:55:11

Estejam sempre unidas a Cristo - às famílias reunidas sábado na Praça de São Pedro, Papa pediu para viverem o valor do perdão


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Foram dezenas de milhares as famílias que na tarde deste sábado participaram no Encontro do Papa Francisco com famílias de todo o mundo na Praça de São Pedro, numa tarde intitulada de: “Família, vive a alegria da fé!”. Testemunhos, canções e muita alegria estiveram presentes nesta festa das famílias. D. Vincenzo Paglia, Presidente do Conselho Pontifício para a Família foi o anfitrião deste encontro tendo feito o discurso de boas-vindas ao Santo Padre e a todos os peregrinos presentes.

Os testemunhos apresentados de dor, de dificuldade e também de alegria versaram as mais diversas experiências de vida familiar: o acolhimento aos migrantes em Lampedusa; a ajuda aos refugiados da Síria; famílias missionárias no mundo; famílias alargadas que acolhem os mais velhos e também jovens casais em início de vida ou em preparação para o matrimónio. Foram vários e muito concretos os testemunhos apresentados na Praça de São Pedro. A todos, o Papa Francisco, saudou emocionado.

Na sua Mensagem o Santo Padre dirigiu-se às famílias presentes dizendo-lhes que as abraçava reunidas num só povo e numa só alma porque convocados pelo Senhor. Das crianças até aos avós passando pelos jovens casais em início de vida o Papa interrogou-se: “Como é possível, hoje, viver a alegria da fé em família?”

O Papa Francisco citou o Evangelho de S. Mateus com uma passagem muito importante em que Jesus vem em nossa ajuda:

”Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu vos darei alívio.” (Mt 11, 28).

Muitas vezes a vida é difícil, fatigante e com falta de amor. E sem amor – disse o Papa - a fadiga torna-se mais pesada. Mas o Senhor conhece as nossas canseiras e hoje diz-nos para irmos até Ele para recebermos alívio e para que a nossa alegria seja completa:


“Jesus disse: ‘A vossa alegria é plena’. Jesus quer que a nossa alegria seja plena! Disse-o aos apóstolos e repete-o hoje a nós. Ora esta é a primeira coisa que esta tarde quero partilhar convosco, e é uma palavra de Jesus: Vinde a mim, famílias de todo o mundo – diz-nos Jesus – e eu vos darei alívio, para que a vossa alegria seja plena. E esta palavra de Jesus levai-a para casa, levai-a no coração, partilhai-a na vossa família. Convida-nos a ir ter com Ele para dar-vos e para dar-nos a todos a alegria.”


Depois o Santo Padre recordou o Rito do Matrimónio em que quem se casa diz: «Prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida». Os cristãos casam-se sacramentalmente, porque estão cientes de precisarem do sacramento! Precisam dele para viverem unidos entre si e cumprir a missão de pais na educação dos seus filhos. «Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença», sempre rezando juntos, em família, com a comunidade e perdoando-se mutuamente - considerou o Papa Francisco.


“E no seu Matrimónio rezam juntos e com a comunidade. Porquê? Porque se usa fazer assim? Não! Fazem-no porque têm necessidade, para a longa viagem que devem fazer juntos: uma longa viagem que não é aos bocadinhos, dura toda a vida! E têm necessidade da ajuda de Jesus, para caminhar junto com confiança, para acolherem-se um ao outro, e perdoarem-se em cada dia! E isto é importante! Nas famílias saber perdoar-se.”


“...não terminar o dia sem fazer as pazes. A paz refaz-se cada dia em família! E tudo recomeça de novo! Com licença, obrigado, desculpa! Podemos dizê-lo todos juntos? ... Façamos estas três palavras na família! Perdoar-se todos os dias!”


No final da sua Mensagem o Papa Francisco referiu-se ao ícone da Apresentação de Jesus no Templo presente na Praça e explicou-o a todos dizendo:

”É um ícone verdadeiramente belo e importante. Fixemo-lo e deixemo-nos ajudar por esta imagem. Como todos vós, também os protagonistas da cena têm o seu caminho: Maria e José puseram-se a caminho, indo como peregrinos a Jerusalém, obedecendo à Lei do Senhor; e o velho Simeão e a profetisa Ana, também ela muito idosa, vêm ao Templo impelidos pelo Espírito Santo. A cena mostra-nos este enlace das três gerações: Simeão segura nos braços o menino Jesus, em quem reconhece o Messias, e Ana é representada no gesto de louvar a Deus e anunciar a salvação a quem esperava a redenção de Israel. Estes dois anciãos representam a fé como memória. Maria e José são a Família santificada pela presença de Jesus, que é o cumprimento de todas as promessas. Cada família, como a de Nazaré, está inserida na história de um povo e não pode existir sem as gerações anteriores.”


O Papa Francisco na conclusão da sua Mensagem dirigiu-se às famílias presentes na Praça vindas de todo o mundo dizendo-lhes: “Com a graça de Cristo, vivei a alegria da fé! O Senhor vos abençoe e Maria, nossa Mãe, vos acompanhe!” (RS)









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