Moçambique: Líderes religiosos apelam à Paz (Hermínio José)
Moçambique vive
nos últimos meses, momentos de tensão político-militar na sequência dos ataques constantes
entre forças militares govenamentais e os homens armados da Renamo. A tensão agudizou-se
esta segunda-feira ( 21) com o ataque ao Quartel da RENAMO posicionado em Satungira,
nas encostas da Serra da Gorongosa, em Sofala, centro de Moçambique. Assim sendo,
neste momento a então base militar da Renamo e simultaneamente residência do líder
da Renamo, está sob o controlo das forças militares governamentais, na sequência do
ataque perpetrado pelos agentes das forças de defesa e segurança de Moçambique àquela
base militar, alegadamente, em resposta a um atque que os ex-guerrilheiros da Renamo
fizeram a um posto policial na zona de Marínguè. Dlhakama e seus homens em parte
incerta No entanto, na altura do ataque, o líder da Renamo Afonso Dlhakama
que se encontrava no local há 1 ano, já havia abandonado o recinto e fê-lo com os
seus ex-guerrilheiros, se encontrando neste momento em parte incerta. Entretanto,
com estes últimos incidentes, instalou o clima de medo e intranquilidade em Moçambique,
concretamente em Sofala, palco desses ataques armados. E o receio dos moçambicanos
é que o país volte a viver momentos de guerra, numa altura em que se intensificam
apelos a manutençao da Paz no país. É nesta senda que os líderes religiosos se
reuniram esta quarta-feira para traçarem estrátegias de como contribuir para que esta
tensão político-militar não resvale em guerra. E o porta-voz do observatório eleitoral,
Dinis Matsolo, deixa o seguinte apelo: Observatório Eleitoral apela à Paz O
Porta-voz do Observatótio Eleitora reitera que Moçambique tem que continuar a viver
em Paz, e para o efeito, as duas parte, neste caso, o Governo e a Renamo devem pautar
pelo diálogo, pois o uso de armas, a guerra, não é a via para resolver os problemas
ou quais diferendos. Por seu turno, Sheik Aminordine, representante da comunidade
muçulmana, reforça o apelo à manutenção da Paz em Moçambique, e ela deve ser incodicional.
E acredita que é possível um encontro entre o líder da Renamo e o presidente da República
Armando Guebuza, depois de fracassadas as cerca de 24 rondas de negociações entre
as delegações da Renamo e do Governo. Renamo declara fim aos entendimentos do
Acordo Geral de Paz De salientar que na sequência do ataque ao quartel da Renamo
em Satungira, o porta-voz daquela formação política, Fernando Mazaga, afirmou esta
segunda-feira em conferência de imprensa que, citamos "a paz no país acabou ... A
responsabilidade é do governo da Frelimo, que não quer escutar as queixas da Renamo”,
fimde citação.
Hermínio José
Foto 1: Ministro da Defesa de Moçambique
em visita à base da RENAMO capturada no passado dia 21, e encontrada deserta.
Foto
2: Alguns habitantes do centro de Moçambique abandonam as suas casas, com receio de
ações bélicas.