Guiné-Bissau - esperanças de eliminar as mutilações genitais femininas
Decorre de 22 a 25 deste mês de Outubro em Roma, uma conferência internacional sobre
as chamadas Mutilações Genitais Femininas (MGF) ou excisão.
"Tolerância zero"
é o tema de fundo desta conferência organizada pelo Programa do UNICEF e da UNFPA
para a Eliminação das MGF, juntamente com o governo italiano, para ilustrar os projectos
e medidas que estão a ser levados a cabo em vários países a fim de pôr termo a essa
prática nociva para a saúde física e psíquica da mulher.
Esta conferência
vem na sequência da adopção, em Dezembro de 2012, pela ONU, da Resolução 67/146 que
convida a intensificar os esforços a nível mundial com o objectivo de eliminar completamente
as MGF.
Calcula-se que 125 milhões de mulheres e meninas tenham sido submetidas
a essas práticas e que mais de 30 milhões correm o risco de o ser nos próximos dez
anos.
A maior partes dos países afectados pela prática das MGF são do continente
africano: desde a Somália, com uma taxa de prevalência de 98%, ao Uganda com 1%,
passando pela Guiné-Bissau com 50% das mulheres de idade compreendida entre os 15
e os 49 anos, excisadas.
Por isso, o país não podia deixar de participar nesta
conferência - disse à Rádio Vaticano Fatoumata Djao Baldé, Presidente da Comissão
Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança.
Segundo
esta dirigente, há esforços a vários níveis no país, a fim de acabar com as MGF.
Oiça as suas palavras recolhidas pelo jornalista, Rafael Belincanta, da nossa
Emissora. .