”Cura Padre Wojtyla em Niegowic” – foi apresentado o filme sobre o jovem padre… João
Paulo II
"Cura Padre
Wojtyla em Niegowić": este é o título do filme que conta a vida de Padre Karol na
pequena cidade polaca, perto de Cracóvia, para onde foi enviado como vice-pároco no
primeiro encargo por ele desempenhado durante pouco mais de um ano, de julho de 1948
a agosto do ano seguinte. O filme, escrito e dirigido pelo diretor do Vatican Service
News, Mons. Jaroslaw Cielecki, foi apresentado na manhã desta quinta-feira na sede
da Rádio Vaticano.
O Karol Wojtyla apresentado no filme é um jovem sacerdote:
jovem, mas com os traços distintivos que estarão sempre presentes na sua personalidade.
Mons. Cielecki disse-nos qual foi o aspeto de João Paulo II que mais o impressionou:
"Ele
sempre quis estar perto das pessoas, fazer-se próximo como se fosse um verdadeiro
pai, sempre ia ao encontro. Além do mais, tinha um grande coração. Sempre me impressionou
o seguinte: assim que chegou a Niegowić, deram-lhe um travesseiro; no dia seguinte
uma casa pegou fogo num vilarejo e foram-lhe dizer que a família atingida pelo incêndio
se encontrava em dificuldade. Então ele pegou no travesseiro e disse: "Levem esse
travesseiro e amanhã irei visitá-la". No filme vemos essa cena que certamente toca
o coração. E também aquele momento muito comovente quando chega ao território da paróquia,
com uma mala na mão, ajoelha-se e beija a terra. Beijo este que ele escreveu também
no livro 'Dom e mistério': um beijo cujo gesto depois continuou a fazer nos vários
países do mundo. Foram muitos os países beijados pelo Santo Padre."
O filme
"Cura Padre Wojtyla em Niegowić" foi feito a partir do livro homónimo de autoria de
Mons. Cielecki, que no passado trabalhou em estreito contacto com João Paulo II. A
esse propósito, o diretor do Vatican Service News confidenciou-nos quais as recordações
que traz consigo:
"Tive vários encontros, mas trago particularmente comigo,
sempre no coração, o de 1999, quando foi constituído em Itália um Comité internacional
e, por ocasião do seu aniversário sacerdotal, fizemos-lhe uma homenagem com uma estátua
de bronze de três metros, que o representava como jovem sacerdote. Depois decidi levá-la
até a Basílica de São Pedro para mostrá-la ao Santo Padre. Quando me aproximei ele
estava diante da estátua olhando para ela e eu disse-lhe: "Santo Padre, quis trazer
uma recordação da sua juventude". Ele voltou-se para mim e respondeu-me: "Como recordação
da juventude?" Nesse momento pensei ter feito algo que não deveria. Depois olhou para
mim e disse-me: "Tu não sabes que sou sempre jovem? Tu deverias dizer não somente
hoje, mas também amanhã e sempre: quem ama Jesus e Maria é sempre jovem!"
A
viagem na vida de Padre Karol Wojtyla é narrada através das recordações de Eleonora
Mardosz, uma mulher de 87 anos que foi quem o auxiliou na paróquia de Niegowić, contando
inclusive episódios inéditos sobre a vida quotidiana. Aparecem no filme também
alguns objetos que realmente pertenceram a Karol Wojtyla, como a estola e a túnica
que o ator protagonista usa durante a cena do matrimónio gravada na igreja de madeira
onde celebrava a eucaristia. Portanto, a obra cinematográfica constitui uma ocasião
para conhecer mais de perto João Paulo II, que será proclamado Santo a 27 de abril
do próximo ano. (RS)