Papa nos 30 anos do Centro Televisivo do Vaticano: é um serviço ao Evangelho e à Igreja
Por ocasião dos 30 anos da criação do Centro Televisivo Vaticano, o Papa Francisco
enviou ao actual Director, Mons. Dario Viganó, uma mensagem em que, para além de evocar
esta comemoração, se propõe reflectir brevemente sobre as perspectivas do CTV para
um serviço cada vez mais atento e qualificado.
O trabalho do CTV é “um serviço
ao Evangelho e à Igreja” - sublinha antes de mais o Papa, que convida a “manter a
perspectiva evangélica nesta espécie de auto-estrada global da comunicação cuja “tecnologia
viajou a grande velocidade nas últimas décadas, criando inesperadas redes interligadas
entre si”.
O Santo Padre chama também a atenção para a necessidade de que
a óptica adoptada pelos que trabalham no CTV seja sempre eclesial, e nunca “mundana”.
Isso porque os acontecimentos da Igreja “têm uma característica de fundo particular:
correspondem a uma lógica que não principalmente a das categorias por assim dizer
mundanas, pelo que não é fácil interpretá-los e comunica-los a um público vasto e
variegado”. Requer-se grande responsabilidade. “Falar de responsabilidade, de uma
visão que respeite os acontecimentos que se deseja contar (escreve o Papa), significa
ter também a consciência de que a selecção, a organização, o mandar em onda e o partilhar
dos conteúdos requer uma particular atenção porque usam instrumentos que não são nem
neutros nem transparentes”.
Finalmente, o Santo Padre recorda que a actividade
desenvolvida pelos que trabalham no CTV “não é uma função puramente documental, neutra
em relação aos acontecimentos”. “Vós contribuis para aproximar a Igreja do mundo,
eliminando as distâncias, fazendo chegar a palavra do Papa a milhões de católicos,
e mesmo ali onde muitas vezes professar a própria fé constitui uma opção corajosa”.
Há que nunca esquecer que “é sobretudo para conduzir ao encontro com o Senhor Jesus
que a Igreja está presente no mundo da comunicação, em todas as suas expressões”.