O compromisso da Igreja na luta contra a AIDS na África
Genebra (RV) - Demonstrar o compromisso da Igreja na luta contra a AIDS na
África através de histórias das comunidades que vivem esse drama e testemunhos de
pessoas que trabalham nas organizações católicas engajadas nesse âmbito.
É
o que propõe o livro "AIDS após 30 anos: Reflexões de fé sobre a epidemia na África",
editado pela 'Rede dos Jesuítas Africanos contra a AIDS' (AJAN) instituída pela Conferência
dos Superiores Maiores da África e Madagascar (JESAM), em 2002, para coordenar a resposta
da Companhia de Jesus contra a pandemia no continente.
O livro foi apresentado
nesta quarta-feira, 16, em Genebra, Suíça, onde está em andamento o encontro de CHAN,
rede católica contra HIV/AIDS. A obra reúne uma série de testemunhos e contribuições
de especialistas e voluntários de várias ONGs católicas que falam sobre o impacto
da epidemia nos países africanos e também sobre a complexidade do problema na África.
Esse drama não é apenas um desafio para a saúde, mas evoca os males endêmicos
do continente tais como pobreza, guerras e desigualdades sociais.
O livro destaca
a necessidade de uma abordagem integral da AIDS que, à luz dos ensinamentos da Igreja,
considere não apenas os setores de saúde, mas também humanos, sociais, econômicos,
culturais e espirituais. Nesse discurso se baseia o trabalho de AJAN, atuante hoje
em trinta países africanos, apoiando mais de 150 projetos e promovendo o intercâmbio
de experiências e conhecimentos entre os jesuítas engajados neste apostolado.
No
centro de seu compromisso estão: a defesa da dignidade e dos direitos dos doentes,
a luta contra a discriminação, a luta pelo acesso ao tratamento e a denúncia dos desequilíbrios
socioeconômicos que favorecem a disseminação do vírus HIV.
Importante também
é o trabalho de prevenção realizado pela rede através da educação a vários modelos
de comportamento e conscientização das pessoas no respeito pelas culturas e crenças
locais. (MJ)