A Igreja é apostólica quando reza e anuncia Jesus. Fechada em si trai a sua identidade
– o Papa Francisco na audiência geral
Foi um belo
sol de Outono e uma multidão de largas dezenas de milhares de peregrinos que acolheram
o Papa Francisco para esta audiência geral na Praça de São Pedro:
“Creio
na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professar que a Igreja é apostólica significa
sublinhar o laço constitutivo que Ela tem com os apóstolos, com aquele pequeno grupo
de doze homens que Jesus um dia chamou para estar consigo, chamou-os pelo nome, para
que ficassem com Ele e para os mandar a pregar.”
E o Papa Francisco
recordou o essencial da função de um apóstolo como o são os bispos, que devem, acima
de tudo, rezar e anunciar.
Quando rezamos o Credo, professamos que a Igreja
é apostólica. Podemos entender a apostolicidade da Igreja em três sentidos: Em primeiro
lugar, a Igreja é apostólica porque está fundada sobre a pregação dos Apóstolos, que
conviveram com Cristo e foram testemunhas da sua morte e ressurreição. A Igreja, diz
o Papa, não se baseia numa ideia ou filosofia mas no próprio Cristo.
“A
nossa fé, a Igreja que Cristo quis, não se baseia numa ideia ou numa filosofia mas
no próprio Cristo.”
Em segundo lugar, a Igreja é apostólica, porque
Ela guarda e transmite, com a ajuda do Espírito Santo, os ensinamentos recebidos dos
Apóstolos, dando-nos a certeza de que aquilo em que acreditamos é realmente o que
Cristo nos comunicou.
“A Igreja guardou ao longo dos séculos este
tesouro precioso que é a Sagrada Escritura, a doutrina, os Sacramentos, o Ministério
dos Pastores, e assim podemos ser fieis a Cristo e participar na sua própria vida.” E
o Santo Padre recordou ainda que Jesus Ressuscitado está hoje aqui connosco…
Em
terceiro e último lugar, podemos dizer que a Igreja é apostólica porque é enviada
a levar o Evangelho a todo o mundo. De facto, a palavra apóstolo significa “enviado”.
Esta é uma bela responsabilidade que somos chamados a redescobrir: a Igreja é missionária
e não pode ficar fechada em si mesma.
“Insisto sobre este aspeto
da missionariedade, porque Cristo convida todos a irem ao encontro dos outros, envia-nos,
pede-nos de nos colocarmos em caminho para levar a alegria do Evangelho!”
Desta
forma, o Papa Francisco apelou para a que todos os cristãos sejam missionários como
os apóstolos, não ficando fechados nas suas igrejas e sacristias mas saindo para o
mundo para anunciar o Evangelho. A igreja tem de ser apostólica para não trair a sua
própria identidade.
No final da audiência o Santo Padre saudou também
os peregrinos de língua portuguesa presentes na audiência, especialmente os portugueses
da paróquia do Olival e ainda os fieis brasileiros de São José dos Campos, Santos
e São Paulo. (RS)