Governo de Lisboa esclarece sentido dos cortes em certas pensões de reforma. Debate
público (Domingos Pinto)
Em Portugal, quem
receba mais de dois mil euros de duas ou mais pensões, sendo uma delas a pensão de
sobrevivência, terá um corte na pensão de sobrevivência. O limite foi anunciado pelo
vice-primeiro-ministro, Paulo Portas (foto, com ministra das Finanças), num intervalo
do conselho de ministros que aprovou a proposta de orçamento de Estado para 2014.
Uma
medida que só atingirá 3,5% dos beneficiários destas pensões, cerca de 25 mil pessoas.
O corte será progressivo até aos rendimentos superiores a quatro mil euros, a partir
do qual a pensão de sobrevivência passa a ser de 39%.A medida só afecta a segunda
pensão, a primeira continua intocada e nenhuma pessoa perde a integralidade da segunda
pensão, garantiu o vice-primeiro-ministro De fora destes cálculos e, portanto,
sem cortes, ficam as situações de orfandade, de deficiência, e as situações em que
há acumulação com as pensões de deficientes das forças armadas, as pensões de sangue
ou de relevantes serviços à Pátria. O governo justifica os cortes agora anunciados
com o défice contributivo que existe nesta prestação e que segundo o vice-primeiro-ministro
é de 1200 milhões de euros. Esta medida irá poupar 100 milhões de euros por ano de
total e 2700 milhões.
Este o destaque da crónica de hoje do nosso correspondente
em Portugal Domingos Pinto: