Missão Continental: a piedade popular na realidade eclesial da Diocese de Ilhéus
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro "O Brasil na Missão Continental" na edição
de hoje continua trazendo como a experiência dessa tarefa pastoral proposta pela Conferência
de Aparecida tem sido vivida na realidade eclesial da Diocese de Ilhéus.
Na
edição passada o bispo da referida diocese do sul da Bahia, Dom Mauro Montagnoli,
CSS, destacou um dos aspectos centrais do Documento de Aparecida, ou seja, a formação
dos leigos.
Nesta edição nos atemos a outro ponto de particular importância
no Documento de Aparecida: a piedade popular, que a V Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano e do Caribe buscou resgatar qual expressão forte da espiritualidade
de nossos povos, expressão da riqueza de nossas Igrejas no "Continente da Esperança".
A
esse propósito, perguntamos ao bispo de Ilhéus como se expressa a piedade popular
em sua diocese. Antes de ouvirmos as suas considerações, vejamos, brevemente, o que
nos diz o Documento de Aparecida nos números 258 e 259:
6.1.3
A piedade popular como lugar de encontro com Jesus Cristo
258. "O Santo
Padre destacou a “rica e profunda religiosidade popular, na qual aparece a alma dos
povos latino-americanos”, e a apresentou como “o precioso tesouro da Igreja Católica
na América Latina”. Convidou a promovê-la e a protegê-la. Essa maneira de expressar
a fé está presente de diversas formas em todos os setores sociais, em uma multidão
que merece nosso respeito e carinho, porque sua piedade “reflete uma sede de Deus
que somente os pobres e simples podem conhecer”. A “religião do povo latino-americano
é expressão da fé católica. É um catolicismo popular”, profundamente inculturado,
que contém a dimensão mais valiosa da cultura latino-americana."
259. "Entre
as expressões dessa espiritualidade contam-se: as festas patronais, as novenas,
os rosários e via-sacras, as procissões, as danças e os cânticos do folclore religioso,
o carinho aos santos e aos anjos, as promessas, as orações em família. Destacamos
as peregrinações onde é possível reconhecer o Povo de Deus a caminho. Aí o cristão
celebra a alegria de se sentir imerso em meio a tantos irmãos, caminhando juntos para
Deus que os espera. O próprio Cristo se faz peregrino e caminha ressuscitado entre
os pobres (...)."
Ouçamos, então, o que nos diz Dom Mauro sobre a religiosidade
popular na realidade eclesial da Diocese de Ilhéus: (RL)