2013-10-09 17:49:01

Cardeal Sandri: O Papa está próximo aos sobreviventes do naufrágio em Lampedusa


Cidade do Vaticano (RV) - Os bispos da Igreja de tradição alexandrina da Etiópia e Eritreia concelebraram com o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, nesta quarta-feira, uma missa de sufrágio pelas vítimas do naufrágio ocorrido na última quinta-feira, em Lampedusa, sul da Itália.

A cerimônia realizou-se antes da Audiência Geral, no altar do Sepulcro de São Pedro, na Cripta da Basílica Vaticana.

Numa entrevista à nossa emissora, o purpurado destacou que em sua homilia retomou o versículo 3 do Capítulo 4 do Livro de Jonas, que diz: "é melhor para mim a morte do que a vida".

Cardeal Sandri: "Retomei essa frase que ouvimos também de um jovem eritreu que sobreviveu a esta catástrofe de Lampedusa. Colocamo-nos em sintonia com muitos jovens e mulheres, com muitos adultos que fogem da Eritreia e da Etiópia e que, às vezes, por causa da situação que enfrentam em seus países, exclamam como o Profeta Jonas 'é melhor para mim a morte do que a vida'. Porém, da leitura do Evangelho que traz a oração do Pai Nosso, colocamos a nossa confiança no Senhor que deve nos ajudar a superar essas situações tão difíceis. Rezamos pelos mortos e suas famílias, e procuramos difundir com a nossa oração uma luz de proximidade, amizade, caridade e amor por todos os sobreviventes."

O que pedem os bispos dessas igrejas para a comunidade internacional?

Cardeal Sandri: "Pedem uma ajuda a fim de que as pessoas não tenham de fugir de seus países, para que haja liberdade, democracia, possibilidade de viver humanamente nesses países e dispor das coisas que consideramos mínimas para a realização de uma vida humana, e que o Ocidente e os países da comunidade internacional possam ajudá-los a permanecerem em seus países e a não fugirem através dessas peregrinações de morte, tanto no deserto, quanto no mar."

O Papa está acompanhando de perto a situação e enviou seu elemosineiro a Lampedusa.

Cardeal Sandri: "Foi um gesto muito importante. O elemosineiro está ligado intimamente à pessoa do Papa. Nunca aconteceu que o Santo Padre o mandasse para fora de Roma, porque ele está aqui em Roma para ajudar os pobres que se aproximam do Papa aqui na Cidade Eterna. Mandá-lo a Lampedusa significa que o Papa quer estar perto dessas pessoas que sobreviveram e rezar por aqueles que morreram." (MJ)







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