2013-10-08 13:46:54

Curdistão: apelo a acolher os refugiados sírios


Roma (RV) – “Vamos acolher nas nossas casas os refugiados sírios, porque desejamos dar a eles um testemunho da universalidade da Igreja e da mensagem de amor do Cristianismo”: foi o que disse à agência AsiaNews, Dom Rabban al-Qas, Arcebispo caldeu da Diocese de Amadiyah-Zakho, uma das áreas do Curdistão iraquiano que nestes meses abrigou mais de 20 mil pessoas fugidas dos horrores da guerra na Síria.

“A maior parte delas – destaca o prelado – perdeu tudo: parentes, amigos, suas casas, mas muitos têm ainda a esperança de poder retornar. Eu convidei os fiéis da diocese a recolherem em suas casas os irmãos sírios, porque eles não devem se sentir estrangeiros, evitados ou marginalizados, mas acolhidos”.

Os frutos desta abordagem baseada no amor pelo próximo já surgiram. Um vilarejo localizado perto da fronteira deu hospitalidade a mais de 20 famílias cristãs, que se integraram na comunidade local.

“Em agosto – conta o bispo – eu dei a primeira comunhão a muitas crianças, filhos de refugiados sírios. Toda a diocese participou desta festa oferecendo dinheiro, alimento, presentes para as famílias que são hospedadas”. Dom al-Qas sublinha que “tal ligação com a população de etnia e língua diferentes não é algo fácil nesta região”.

Na Síria fala-se árabe, enquanto no Curdistão iraquiano as línguas mais comuns são o curdo e o aramaico. Frequentemente quem foge são as famílias humildes habituadas a comunicar na sua própria língua e que tendem a se isolar do restante da população.

O episódio mais recente de tal unidade é o matrimônio de Jorge e Nour, dois jovens sírios que chegaram ao Curdistão junto com seus parentes. “O jovem casal – continua o arcebispo caldeu –, casou-se diante de toda a comunidade cristã do vilarejo que lhes hospeda. Para nós foi um dia de festa e de alegria dedicado a esses dois jovens. Na homilia eu reafirmei que as línguas e as culturas diferentes não são um obstáculo para ver o amor de Deus, que se manifesta nestes pequenos gestos. Quem chega aos nossos vilarejos é nosso irmão, não um estrangeiro”. (SP)








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